Faz tempo, hem. Não é porque eu estivesse sem assunto. Não é porque ninguém me perguntasse "parou por que?". Não que eu não quisesse continuar. Mas foi assim, e assim se passaram 42 dias. Teve dor lombar, dor nos ombros, suspensão de exercícios, fisioterapia, medico, medicação, casamento e envolvimento, despesas, conversas, até momentos de desânimo,por que não?
Mas vamos que vamos!, como diz uma amigona querida, queridaça mesmo, que vive pulando fogueiras sem queimar o rabinho nem perder a alegria. É assim que se faz.
Quero falar de um casamento que aconteceu há 3 dias apenas. Fui madrinha e ocupei um lugar no altar que me permitiu estar de frente para o casal e observar, totalmente encantada, suas expressões faciais durante toda a cerimônia. Ali estava um casal que me pareceu absolutamente consciente e entregue àquele ritual de passagem, de encontro, de finalização de uma etapa e começo de outra.
A noiva parecia se encontrar em estado de sublimação, enlevo e entrega total àquele momento. Os olhos marejados e felizes fitavam a imagem de Jesus durante todo o tempo e ela parecia conversar com Ele em silêncio, numa total cumplicidade e estado de contemplação, agradecimento e quase descrença de que aquilo estivesse finalmente acontecendo. Chorei muito, emocionada com aquela visão. Aquilo era um casamento, aquilo era uma convicção; um momento único de uma noiva feliz, tão feliz como nunca vi outra igual.
Desejei ter passado por isso, pintou uma pontinha de inveja daquele sentimento que ela estava experimentando e pelo qual eu não passei. Cada um com sua história. Desejei também que eles consigam manter essa espécie de comunhão em sua vida para sempre: que consigam compartilhar idéias, sentimentos e valores com aquele olhar encantado. Que se olhem sempre com admiração e fascínio, assim como pareciam olhar e sentir aquele momento diante do Pai. Que assim seja.
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