domingo, 27 de março de 2011

Nisso você não pensou, mamãe!

            Sempre me lembro de mamãe dizendo que havia escolhido o nome dos filhos de forma que eles não carregassem apelidos pela vida afora. Pessoalmente não tenho nada contra eles, mas ela pensava assim e pronto. Crescemos então, meus irmãos e eu, incólumes dos apelidinhos algumas vêzes desumanos, outras vêzes divertidos e muitas vêzes, vamos combinar, sem graça mesmo, tipo nada a ver. Enfim. Mas mamãe não podia prever que meu nome teria váriações múltiplas, variações essas estabelecidas sem a minha prévia anuência mas, de verdade? minha total simpatia. Eu gosto desse tipo de intimidade. Me sinto mais próxima das pessoas que me tratam assim, acho divertido, gostoso, carinhoso.
            Carlinha é o mais óbvio e esperado e bem meiguinho, muito embora eu sempre tenha uma sentido uma estranheza interessante com ele, uma vez que nunca fui fisicamente pequenininha, meiguinha ou fragilzinha, mas vai entender. Cada um olha com olhos que tem sobre você. Me chamam assim algumas amigas, primas e assim me chamaram muitos namoradinhos e/ou pretendentes adolescentes. Ah, e também muitas pessoas na hora mesmo que me conhecem. Bonitinho, né? 
            Já Carlota, outra variação, tem mais peso e logo remete a uma figura de personalidade forte. Minhas cunhadas me chamam assim. Variável da variável, usam muito o Carlota Joaquina, o que me faz sentir uma rainha em Portugal, filha do rei da Espanha, tô sabendo que considerada uma mulher muito feia aquela época e de personalidade cruel, que contam ter agredido D. João 6º, seu marido, à dentadas em plena lua-de-mel (cacilda! terá sido por quê, hem? fiquei curiosa agora...) Bem, isso não e problema nosso e se ele não devolveu a dentada, já saiu perdendo força no início do casamento, coitado. Então, de Carlota Joaquina me chamam algumas outras várias pessoas e outro dia, imitando a mãe, até minha lindinha e muito amadinha sobrinhalhada (sobrinha/afilhada) tascou um Carlotaaaaaaa!!!!, chamando a minha atenção. A-DO-RO!!!!!
             Carlíssima. Acho um luxo; minha amiga risonha, aquela da caipirinha, lembra?, me chama muito assim. Me sinto poderosa no úrtimo! !
             Carleitcha foi inventado por uma minha cabelereira querida que já pendurou as chuteiras por aqui e picou a mula pra sua terra natal. Nos domínios do salão onde ela trabalhava acabaram todos por me chamar assim e existe também, derivada dessa variação,
o Carlitcha, igualmente simpático e por mim aprovado.
              Já o Carlésima, que muita gente deve pensar tratar-se de um momento meu de superestima patológica, e que acabou sendo meu endereço no MSN, se deve ao problema encontrado na hora de me inscrever no hotmail: todas as variações foram tentadas e todas vetadas porque  já existentes. Daí o Carlésima, sem nenhuma afetação, gentem.
              Inusitada mesmo foi a forma encontrada por um primo de me chamar: Carolina! Mas...
Carolina? Por mais que eu pense não consigo encontrar razões, motivos ou explicação. Mas é de Carolina que ele me chama há muitos anos. Vai entender...
              O fato é que Carlinha, Carlíssima, Carolina, Carleitcha, Carlota, Carlitcha, Carlota Joaquina e o que mais vier, sou eu, gentem. Todas essas aí. Está ótimo, adoro, recebo todas as formas como um grande abraço e muito carinho. E sabe o que mais? Todas essas formas 
me fazem mesmo é sentir  uma Carla diferente, especial, inesquecível..
Pode ser que vocês todos não tenham nem tenham tido tal intenção, mas dá licença?, agora já fui!
            

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