Família, calma!
Nada de pânico, fui ali e já volto. Estou plugada, carregando.
Fui pegar um colinho, preencher buraquinhos, descarregar tensões. Um intervalo só pra mim.
Estarei fora da área de cobertura, mas se gritarem eu vou ouvir. Tentem não deixar a casa com aparência de depois da passagem do tornado. Fechem, por favor, as janelas e os ralos; não quero surpresas na volta. Tem comida na geladeira, por favor, guardem de volta se sobrar. De resto... se virem.
Preciso desse tempinho.
Lá me envolvo, estou em casa, muito abraço, e paparicos, dou risadas, relaxo o corpo e a mente. Santo remédio, meu bálsamo quando o sapato aperta e o calo dói. Feliz é quem tem um refúgio como esse. Lá eu sou muito feliz. Como criança na hora do recreio. Então eu corro, pulo, canto e brinco, respiro fundo e suspiro muita alegria.
Meus amores, queridos, queridas.
Como é bom mergulhar naquela onda e me refrescar com tanta PRESENÇA, me misturar, me envolver.
Então eu fui, tá? Volto logo e muito melhor. Sempre vale a pena.
Enquanto isso, cuidem-se.
Ah, e sintam saudades, por favor!!!
quinta-feira, 28 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Quem me dera...
Eu ia chegando com minha bicicleta, depois da pedalada do dia, e ele descendo de um táxi bem em frente ao portão de entrada do prédio. Tive que me esgueirar um pouco para passar com a magrela sem arranhar o carro. Empurrei o portão, posicionei a bike pra dentro, tirei um dos fones do ouvido e perguntei:
_Vai entrar? Ele fez que sim com a cabeça.
Fiquei observando as flores que ele trazia na mão esquerda e trêmula, e seu andar muito lento e inseguro. Na mão direita, uma bengala servia de apoio. Tive medo que ele caísse. Pensei largar a bicicleta e ajudá-lo, mas ao invés disso, continuei segurando o portão e abri passagem pra ele. Ele agradeceu, parou ao meu lado e disse:
_ Feliz Páscoa!...(pensou um pouco...) 30 anos?
_ Ah, senhor...quem me deeeera!- respondi sorrindo.
_ Quantos então? (depois de uns segundos tentando arriscar outro palpite)
_ 53! (eu, entre agradecida, orgulhosa ou não, sei lá...)
_ Hum... e eu? - perguntou ele.
_ Ehh...... 70?
_ Quem me deeeeeera!! 98!!! 98 anos!!!
_ Mas que beleza !!!! (eu disse sinceramente e fiz cara de quem não acreditava MESMO)
_ Fui criado numa fazenda em São Paulo, bebi muito leite de vaca...
_ E teve com certeza uma infância muito feliz... O senhor está ótimo (apesar do tremor e do andar bem claudicante, o rosto não mostrava 98 anos de rugas!!!)!! Quer ajuda?
_ Não, obrigado. Mais uma vez, Feliz Páscoa!
_ O mesmo para o senhor, felicidades!
E me dirigi à entrada de serviço, enquanto ele subia os degraus da portaria e eu me perguntava se ele ia conseguir, será que o porteiro vai ajudar? Subi a rampa preocupada mas quando passei pelo elevador ele já havia adentrado com suas flores e eu fiquei imaginando para quem seriam. Bonitinho.
Debaixo do chuveiro fiquei pensando em como as coisas são relativas. Quem me dera os 30, quem dera à ele os 70! Cada qual sonhando com o que já passou e querendo ter de volta o que já viveu. Cada qual com o seu cada um. Queria ter subido com ele e oferecido um café, um licor. Ali tinha muita história, histórias que aposto ele gostaria de me contar. Histórias que eu queria ouvir. Ultimamente, alguns velhos têm me dito mais do que pensam dizer.
Quem me dera!...
_Vai entrar? Ele fez que sim com a cabeça.
Fiquei observando as flores que ele trazia na mão esquerda e trêmula, e seu andar muito lento e inseguro. Na mão direita, uma bengala servia de apoio. Tive medo que ele caísse. Pensei largar a bicicleta e ajudá-lo, mas ao invés disso, continuei segurando o portão e abri passagem pra ele. Ele agradeceu, parou ao meu lado e disse:
_ Feliz Páscoa!...(pensou um pouco...) 30 anos?
_ Ah, senhor...quem me deeeera!- respondi sorrindo.
_ Quantos então? (depois de uns segundos tentando arriscar outro palpite)
_ 53! (eu, entre agradecida, orgulhosa ou não, sei lá...)
_ Hum... e eu? - perguntou ele.
_ Ehh...... 70?
_ Quem me deeeeeera!! 98!!! 98 anos!!!
_ Mas que beleza !!!! (eu disse sinceramente e fiz cara de quem não acreditava MESMO)
_ Fui criado numa fazenda em São Paulo, bebi muito leite de vaca...
_ E teve com certeza uma infância muito feliz... O senhor está ótimo (apesar do tremor e do andar bem claudicante, o rosto não mostrava 98 anos de rugas!!!)!! Quer ajuda?
_ Não, obrigado. Mais uma vez, Feliz Páscoa!
_ O mesmo para o senhor, felicidades!
E me dirigi à entrada de serviço, enquanto ele subia os degraus da portaria e eu me perguntava se ele ia conseguir, será que o porteiro vai ajudar? Subi a rampa preocupada mas quando passei pelo elevador ele já havia adentrado com suas flores e eu fiquei imaginando para quem seriam. Bonitinho.
Debaixo do chuveiro fiquei pensando em como as coisas são relativas. Quem me dera os 30, quem dera à ele os 70! Cada qual sonhando com o que já passou e querendo ter de volta o que já viveu. Cada qual com o seu cada um. Queria ter subido com ele e oferecido um café, um licor. Ali tinha muita história, histórias que aposto ele gostaria de me contar. Histórias que eu queria ouvir. Ultimamente, alguns velhos têm me dito mais do que pensam dizer.
Quem me dera!...
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Mais uma dose!
Ah, quer saber? Tomei um drink! Plena segundona, finzinho de dia, eu mereço.
Relaxei. Eu, meus braços, minhas pernas. Apenas um drink, com muito gelo. Manhã tensa na internet correndo atrás de ingressos para o show do Paul antes que se esgotassem, conseguiii, eu vouuu!!!, muitos telefonemas corridos para destrinchar pendências e abacaxis, "dona Carla, é quê pro almoço?", ajuda ao filho com o celular novo que finalmente foi entregue, e... supermercado, oba!... Hooooras naqueles corredores coloridos, apetitosos e irresistíveis, buraco novo no cartão de crédito, pernas doloridas, braços doídos, e põe sacola, e tira sacola, e separa, organiza, guarda, pronto, que calor!, preciso parar, estou a-ca-ba-da! Daí o drink, eu merecia.
Eu gosto de supermercado. Adoro viver a ilusão de poder colocar o que me dá vontade naquele carrinho e, no caixa, sair deletando ítens e mais ítens, nossa, como vieram parar aqui? para aquela cestinha que fica bem do lado, a cestinha da desistência, você também conhece? Então. O eterno exercício do QUERO mas NÃO DEVO. É ruim, mas é bom.
Em dias de muito juízo até consigo pegar apenas o que estou precisando para aquele momento. Er..., bem, quase. Hoje extrapolei um tantin, pôxa, feriado prolongado de páscoa (nossa, estou atrasada com os ovos), precisamos estar abastecidos, vai que aconteça uma calamidade qualquer na cidade (no mínimo, um bueiro pode explodir!), o caos se instale e o povo fique à deriva alimentar!
Então, porque gastei mais do que devia, porque fiquei de pé mais tempo do que aguento, porque carreguei peso sem poder, porque organizei tudo sozinha depois do horário de saída da santa ajudante, porque estou cansada, continuo carente e com muito calor e (você tem tempo?) blá-blá-blá-blá-blá, é que tomei um drink. Com muito gelo.
Agora o bloco da fome começa a chegar, as fisionomias já dizem a que vêm e eu sinto chegada a hora de encarar meu terceiro turno, não sem a MENOR vontade de arrastar os pés desse lugar. Outro drink então? Com muito gelo!
Afinal, eu não mereço?
Relaxei. Eu, meus braços, minhas pernas. Apenas um drink, com muito gelo. Manhã tensa na internet correndo atrás de ingressos para o show do Paul antes que se esgotassem, conseguiii, eu vouuu!!!, muitos telefonemas corridos para destrinchar pendências e abacaxis, "dona Carla, é quê pro almoço?", ajuda ao filho com o celular novo que finalmente foi entregue, e... supermercado, oba!... Hooooras naqueles corredores coloridos, apetitosos e irresistíveis, buraco novo no cartão de crédito, pernas doloridas, braços doídos, e põe sacola, e tira sacola, e separa, organiza, guarda, pronto, que calor!, preciso parar, estou a-ca-ba-da! Daí o drink, eu merecia.
Eu gosto de supermercado. Adoro viver a ilusão de poder colocar o que me dá vontade naquele carrinho e, no caixa, sair deletando ítens e mais ítens, nossa, como vieram parar aqui? para aquela cestinha que fica bem do lado, a cestinha da desistência, você também conhece? Então. O eterno exercício do QUERO mas NÃO DEVO. É ruim, mas é bom.
Em dias de muito juízo até consigo pegar apenas o que estou precisando para aquele momento. Er..., bem, quase. Hoje extrapolei um tantin, pôxa, feriado prolongado de páscoa (nossa, estou atrasada com os ovos), precisamos estar abastecidos, vai que aconteça uma calamidade qualquer na cidade (no mínimo, um bueiro pode explodir!), o caos se instale e o povo fique à deriva alimentar!
Então, porque gastei mais do que devia, porque fiquei de pé mais tempo do que aguento, porque carreguei peso sem poder, porque organizei tudo sozinha depois do horário de saída da santa ajudante, porque estou cansada, continuo carente e com muito calor e (você tem tempo?) blá-blá-blá-blá-blá, é que tomei um drink. Com muito gelo.
Agora o bloco da fome começa a chegar, as fisionomias já dizem a que vêm e eu sinto chegada a hora de encarar meu terceiro turno, não sem a MENOR vontade de arrastar os pés desse lugar. Outro drink então? Com muito gelo!
Afinal, eu não mereço?
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Palavrão. Você fala?
Se sim, ótimo. Se não, deveria começar já.
Não que eu nunca tenha falado, mas vou contar que agora, nos últimos tempos, eles têm sido uma verdadeira catarse nos meus momentos de tensão, aborrecimento, e quer saber? até de excitação. Coisa booooooa!!!! Caraca, como aliviam a alma! Eu recomendo. Tenho usado muitos e muito, mas calma que eu não saio por aí na baixaria arrastando tamanco nem espalhando geral dentro da minha casa, até porque tenho filhos adolescentes, o estoque deles é muito maior que o meu e eu não ouso ensinar mais nenhum. Meu modo de usar é íntimo, comigo mesma, muito em pensamento, muito quando sozinha e entre dentes ou entre paredes, mas uso SIM. Vai encarar?
Numa topada, fala sério: aquela em que o dedo mindinho do pé entra COM VONTADE no pé da mesa ou da cama. %*&**## !!!!!!!! Dentro do carro, ao volante, quando o fulano de trás buzina paranóicamente enquanto vc procura uma vaga! Ou quando você acaba de conseguir uma, vem um sonsinho e entra nela fingindo que não te vê? Nessas ocasiões uso os meus melhores. Chego a trincar os dentes para saborear cada sílaba e para que ele não faça leitura labial e venha pra cima (apesar de errado), afinal detesto violência no trânsito, tô fora.
Quando a conexão cai ou a internet fica lenta. Quando alguém te rouba o último camarão do prato, que você estava deixando pro final. Quando só dá ocupado o telefone que você está chamando, ou o celular só dá caixa postal. Quando vc percebe que o papel higiênico acabou só depois de concluir o trabalho e você não está na sua casaaaaa!!!!!!
Vale soltar um daqueles bem fortes, grandes e cabeludos a cada situação merecida. Eu apoio. Exorciza, libera, desabafa. Sem falso pudor, olhe pros lados, veja se não tem ninguém por perto e experimente.
Solte suas amarras, largue as correntes, deixe a franga correr solta. E dê risada depois.
O problema não vai deixar de existir por causa disso, mas que vai parecer muito mais ameno e fácil de enfrentar, isso vai! Vamos lá?
Não que eu nunca tenha falado, mas vou contar que agora, nos últimos tempos, eles têm sido uma verdadeira catarse nos meus momentos de tensão, aborrecimento, e quer saber? até de excitação. Coisa booooooa!!!! Caraca, como aliviam a alma! Eu recomendo. Tenho usado muitos e muito, mas calma que eu não saio por aí na baixaria arrastando tamanco nem espalhando geral dentro da minha casa, até porque tenho filhos adolescentes, o estoque deles é muito maior que o meu e eu não ouso ensinar mais nenhum. Meu modo de usar é íntimo, comigo mesma, muito em pensamento, muito quando sozinha e entre dentes ou entre paredes, mas uso SIM. Vai encarar?
Numa topada, fala sério: aquela em que o dedo mindinho do pé entra COM VONTADE no pé da mesa ou da cama. %*&**## !!!!!!!! Dentro do carro, ao volante, quando o fulano de trás buzina paranóicamente enquanto vc procura uma vaga! Ou quando você acaba de conseguir uma, vem um sonsinho e entra nela fingindo que não te vê? Nessas ocasiões uso os meus melhores. Chego a trincar os dentes para saborear cada sílaba e para que ele não faça leitura labial e venha pra cima (apesar de errado), afinal detesto violência no trânsito, tô fora.
Quando a conexão cai ou a internet fica lenta. Quando alguém te rouba o último camarão do prato, que você estava deixando pro final. Quando só dá ocupado o telefone que você está chamando, ou o celular só dá caixa postal. Quando vc percebe que o papel higiênico acabou só depois de concluir o trabalho e você não está na sua casaaaaa!!!!!!
Vale soltar um daqueles bem fortes, grandes e cabeludos a cada situação merecida. Eu apoio. Exorciza, libera, desabafa. Sem falso pudor, olhe pros lados, veja se não tem ninguém por perto e experimente.
Solte suas amarras, largue as correntes, deixe a franga correr solta. E dê risada depois.
O problema não vai deixar de existir por causa disso, mas que vai parecer muito mais ameno e fácil de enfrentar, isso vai! Vamos lá?
terça-feira, 12 de abril de 2011
Caramba, quem diria?
Hoje volto pra uma sala de aula.
Sensação estranha, mas que está me animando e mexendo comigo, e era isso mesmo que eu precisava. Vou fazer um curso, ocupar a cabeça com coisas fora da minha rotina, conhecer gente, falar, contar, ouvir histórias, estudar, meu Deus, me con-cen-trar!, vai ser possível ? Um desafio! Justo eu, que pra conseguir ler um bom livro e saber o que li no final, preciso de toda uma produção: luz certa, muito silêncio e cuidado com a coluna, minha filha! Vai ser no mínimo divertido, mas com isso espero de alguma forma novamente poder me misturar ao mercado de trabalho e tentar defender algum, que a vida tá muito cara e conseguir emprego depois que se cinquenta não é tarefa das mais tranquilas. Organização de eventos. Um tanto insegura, pedi opinião ao Sr.Google para me decidir ou não sobre ir em frente no projeto; disse-me ele que o mercado de trabalho é extenso, hoje em dia neguinho fazendo baile de debutante até pra cachorrada..., olha, a lista de possibilidades era tão grande que eu disse: _ tá bom, tá bom, já deu pra mim! e aí resolvi não pensar muito e chutar a bola pra ver qual o resultado desse jogo.
De alguns ouvi que tenho o perfil certo pra esse tipo de ocupação: bom gosto, sociabilidade, simpatia, elegância, dinamismo, blá, blá, blá. Sei lá se é verdade, mas agradeço mesmo assim aos que me dão essa força. Ah, e conto com vocês para pequenos projetos familiares, indicações e divulgação. Nossa, já terminei o curso e ainda nem tive a primeira aula!
Mais tarde vou me preparar para tanto; caneta, um bloco de anotações (caderno seria melhor?), interesse,alegria e disposição. Terças e quintas, das 18 às 22h, por 6 mêses, vou "matar" a família; não para ir ao cinema, mas para traçar um novo roteiro na minha vida e torcer para conseguir um boa história!!
Sensação estranha, mas que está me animando e mexendo comigo, e era isso mesmo que eu precisava. Vou fazer um curso, ocupar a cabeça com coisas fora da minha rotina, conhecer gente, falar, contar, ouvir histórias, estudar, meu Deus, me con-cen-trar!, vai ser possível ? Um desafio! Justo eu, que pra conseguir ler um bom livro e saber o que li no final, preciso de toda uma produção: luz certa, muito silêncio e cuidado com a coluna, minha filha! Vai ser no mínimo divertido, mas com isso espero de alguma forma novamente poder me misturar ao mercado de trabalho e tentar defender algum, que a vida tá muito cara e conseguir emprego depois que se cinquenta não é tarefa das mais tranquilas. Organização de eventos. Um tanto insegura, pedi opinião ao Sr.Google para me decidir ou não sobre ir em frente no projeto; disse-me ele que o mercado de trabalho é extenso, hoje em dia neguinho fazendo baile de debutante até pra cachorrada..., olha, a lista de possibilidades era tão grande que eu disse: _ tá bom, tá bom, já deu pra mim! e aí resolvi não pensar muito e chutar a bola pra ver qual o resultado desse jogo.
De alguns ouvi que tenho o perfil certo pra esse tipo de ocupação: bom gosto, sociabilidade, simpatia, elegância, dinamismo, blá, blá, blá. Sei lá se é verdade, mas agradeço mesmo assim aos que me dão essa força. Ah, e conto com vocês para pequenos projetos familiares, indicações e divulgação. Nossa, já terminei o curso e ainda nem tive a primeira aula!
Mais tarde vou me preparar para tanto; caneta, um bloco de anotações (caderno seria melhor?), interesse,alegria e disposição. Terças e quintas, das 18 às 22h, por 6 mêses, vou "matar" a família; não para ir ao cinema, mas para traçar um novo roteiro na minha vida e torcer para conseguir um boa história!!
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Festa no céu
Hoje tem festa no andar de cima.
Um casal especial pra mim está comemorando 61 anos de casamento; os convidados, gente muito boa que, como eles, já subiu.
Eu daqui torço para que esse encontro esteja sendo de muita paz e luz , e que pelo menos um pouquinho dessa luz possa se refletir aqui pra baixo, permitindo assim que eu também me junte à eles nessa vibração e faça parte dessa festa.
Um casal especial pra mim está comemorando 61 anos de casamento; os convidados, gente muito boa que, como eles, já subiu.
Eu daqui torço para que esse encontro esteja sendo de muita paz e luz , e que pelo menos um pouquinho dessa luz possa se refletir aqui pra baixo, permitindo assim que eu também me junte à eles nessa vibração e faça parte dessa festa.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Amanhã de manhã ...
Digam, por favor, que sentiram saudades. Preciso ouvir, tô carente. Tenho estado tão carente, mas tão carente, que praticamente já posso, quando preencher um formulário, tascar um CARENTE onde pedem o meu estado civil. Caraca. Será que isso é sério? Você que também já cinquenta, se sente assim como eu?
Ai, os cinquenta... trazem tantas novidades! Mais sensibilidade (daí a carência?), mais vulnerabilidade, um cansaaaaaço, às vêzes um tééééédio..., um calooooor, questionamentos, reflexões, ...ah!, e dores, muitas dores no corpo!!!!
Há momentos em que estou ótima, normalmente durante o dia. Sair da cama requer todo um preparo antes de deixar o colchão. Alonga, compensa, respira, estica, pensa positivo, mentaliza, alonga mais, pode gemer, pensa nas tarefas do dia, ui que desânimo, nã nã ni nã não, nada disso, positivo, vai, respira fundo, mais uma alongaaaada.... pronto, agora pula daí (e sai de ladinho), depois do café melhora muito! E aí o dia vai bem, feliz e leve (ahãm), eu daqui pra lá, de lá pra cá, pedalo, faço compras, bato coxinha, é pilates, hora no dentista, internet, acupuntura, consultas médicas, amigas, administração da casa, adolescentes em fúria, empregada, cardápio, roupa suja, conta pra pagar, pra conferir, pra contestar,ufa. E então chega à noite e toda aquela bateria que eu carreguei lá ainda em cima do colchão parece ir se esvaindo lenta e totalmente à partir do Jornal Nacional. Daí pra fente a vontade é só de horizontal; parece que a força da gravidade está nesse momento toda concentrada nos meus sofás e cama me puxando como grandes imãs e aí não tenho outro jeito senão obedecer ao corpitcho e fazer o que ele pede. Afinal, eu tô carente. Além disso, tudo vai me parecer muito melhor depois do café da manhã de amanhã...
Ai, os cinquenta... trazem tantas novidades! Mais sensibilidade (daí a carência?), mais vulnerabilidade, um cansaaaaaço, às vêzes um tééééédio..., um calooooor, questionamentos, reflexões, ...ah!, e dores, muitas dores no corpo!!!!
Há momentos em que estou ótima, normalmente durante o dia. Sair da cama requer todo um preparo antes de deixar o colchão. Alonga, compensa, respira, estica, pensa positivo, mentaliza, alonga mais, pode gemer, pensa nas tarefas do dia, ui que desânimo, nã nã ni nã não, nada disso, positivo, vai, respira fundo, mais uma alongaaaada.... pronto, agora pula daí (e sai de ladinho), depois do café melhora muito! E aí o dia vai bem, feliz e leve (ahãm), eu daqui pra lá, de lá pra cá, pedalo, faço compras, bato coxinha, é pilates, hora no dentista, internet, acupuntura, consultas médicas, amigas, administração da casa, adolescentes em fúria, empregada, cardápio, roupa suja, conta pra pagar, pra conferir, pra contestar,ufa. E então chega à noite e toda aquela bateria que eu carreguei lá ainda em cima do colchão parece ir se esvaindo lenta e totalmente à partir do Jornal Nacional. Daí pra fente a vontade é só de horizontal; parece que a força da gravidade está nesse momento toda concentrada nos meus sofás e cama me puxando como grandes imãs e aí não tenho outro jeito senão obedecer ao corpitcho e fazer o que ele pede. Afinal, eu tô carente. Além disso, tudo vai me parecer muito melhor depois do café da manhã de amanhã...
domingo, 3 de abril de 2011
Como assim, Sabrina????
Meu domingo já começou divertido. Já falei que não preciso de muito para dar boas risadas e nem de terceiros, uma vez que eu mesma acabo "inventando" uma boa história ou pagando um grande mico, como aconteceu hoje.
Depois de tomar o café da manhã resolvi ligar pra minha prima para parabenizá-la pelo aniversário do filhote que na verdade tinha sido ontem. Já comecei errada daí, porque hoje é 3 de abril e eu contando como fosse 2. Mas isso não era nada perto do fato de conversar com ela por mais de 5 minutos, perguntar da vida, cobrar notícias, falar palavrão inclusive, e descobrir que ela não era ela, putz! Como assim? Simples: a voz parecida, risada muito igual, uma fungada típica da alergia que lhe é peculiar...e lá fomos nós levando a conversa, se bem que ela não me reconhecendo e eu já percebendo um tom mais abaixo ou acima no timbre daquela voz.
Até que, por um detalhe na narrativa DELA, minha ficha caiu fazendo um barulhinho que me "acordou":
_ "espera... com quem eu estou falando...?" (perguntei)
_ "com a Sabrina..., e eu, com quem?"
Daí pra frente, devidamente apresentadas e já tendo me desculpado do enorme gorila que eu paguei, acabamos por nos divertir com o ocorrido e a tal Sabrina era pra lá de simpática o que, vamos esclarecer, acabou me levando mais longe do que eu deveria ter ido (pô, Sabrinaaaa!!)
O fato é que agora eu já sei o telefone dela e, como não acredito que as coisas aconteçam por acaso, penso em telefonar novamente hora dessas para bater um papinho e saber mais sobre ela. Quem sabe não temos alguma coisa à acrescentar uma na vida da outra?
Sabrina, foi bom conversar com você, ainda que não fosse a minha intenção e muito menos a sua.
Repara não... eu até poderia me explicar e atribuir tudo isso a mais um episódio de "cinquentar é isso aí", mas a verdade é que não foi a primeira vez e tenho certeza não terá sido a última, ainda bem, porque acabei me divertindo e começando muito bem meu domingão.
E aí, foi bom pra você também?
Depois de tomar o café da manhã resolvi ligar pra minha prima para parabenizá-la pelo aniversário do filhote que na verdade tinha sido ontem. Já comecei errada daí, porque hoje é 3 de abril e eu contando como fosse 2. Mas isso não era nada perto do fato de conversar com ela por mais de 5 minutos, perguntar da vida, cobrar notícias, falar palavrão inclusive, e descobrir que ela não era ela, putz! Como assim? Simples: a voz parecida, risada muito igual, uma fungada típica da alergia que lhe é peculiar...e lá fomos nós levando a conversa, se bem que ela não me reconhecendo e eu já percebendo um tom mais abaixo ou acima no timbre daquela voz.
Até que, por um detalhe na narrativa DELA, minha ficha caiu fazendo um barulhinho que me "acordou":
_ "espera... com quem eu estou falando...?" (perguntei)
_ "com a Sabrina..., e eu, com quem?"
Daí pra frente, devidamente apresentadas e já tendo me desculpado do enorme gorila que eu paguei, acabamos por nos divertir com o ocorrido e a tal Sabrina era pra lá de simpática o que, vamos esclarecer, acabou me levando mais longe do que eu deveria ter ido (pô, Sabrinaaaa!!)
O fato é que agora eu já sei o telefone dela e, como não acredito que as coisas aconteçam por acaso, penso em telefonar novamente hora dessas para bater um papinho e saber mais sobre ela. Quem sabe não temos alguma coisa à acrescentar uma na vida da outra?
Sabrina, foi bom conversar com você, ainda que não fosse a minha intenção e muito menos a sua.
Repara não... eu até poderia me explicar e atribuir tudo isso a mais um episódio de "cinquentar é isso aí", mas a verdade é que não foi a primeira vez e tenho certeza não terá sido a última, ainda bem, porque acabei me divertindo e começando muito bem meu domingão.
E aí, foi bom pra você também?
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Felicidade é só questão de ser...
Nas minhas pedaladas habituais e diárias no chão do Aterro, sempre vou acompanhanda de muita música. Elas me dão gás, disposição e fazem a paisagem ficar ainda mais encantadora. Algumas músicas têm a capacidade de fazer minha alma levitar, me enchendo de uma alegria que nem consigo explicar muito bem. Essa semana ouvi uma muito especial que, além de uma melodia deliciosa, quase lúdica, traz um recado no qual vale a pena a gente refletir. Divido com vocês a letra e os convido a pensar sobre o que ela tem a nos lembrar. Chama-se Felicidade, e é de Marcelo Jeneci e Chico César. Saboreiem!
Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz.
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias hão pra nunca mais.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem...
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias hão pra nunca mais.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem...
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