Disseram que ia chover naquele domingo.Também teve gente dizendo que não ia comparecer, mas ânimos imbuídos de muito pensamento positivo fizeram com que todas as notícias não se confirmassem, oba! Tá certo, o dia não estava radiante, mas o ventinho trazia bons fluidos e o céu, ainda que nublado, deixou até passar um solzinho tímido para nos dar garantia de um dia excelente para o nosso encontro. Êta São Pedro maneiro...
E assim fomos chegando, as toalhas se estendendo, guloseimas se espalhando pelo xadrez, falatório aumentando, encontros... em poucos minutos já éramos donos daquele pedaço debaixo daquela árvore; nossa, há quanto tempo...
Eu gosto de família fora do porta-retrato, sabe!!? Gosto de juntar tudo, misturar, dar risada, contar e ouvir causos. Gosto de juntar as diferenças, observar distinções, ver como tudo se encaixa e todos, cada um com a sua medida, se entendem. Vidas são atualizadas porque o dia a dia muitas vezes distancia. Tipos habitualmente menos interativos se soltam e se revelam.Outros tipos se confirmam e isso pode ser bom ou não, mas juntar é isso mesmo: um exercício de convivência e sobretudo respeito.
As afinidades perenes são logo percebidas, outras começam a surgir daquele encontro, e outras podem até se desfazer porque a vida não pára e nada é para sempre... De perto, todo mundo é normal, mas algumas coisas passam por uma lente de aumento que pode trazer mudanças benéficas ou avassaladoras. Ainda assim, juntar é bom, e nosso dia foi perfeito de gostoso. As crianças subiram nas árvores como miquinhos felizes, brincaram na água do mar sem roupa de banho num delicioso improviso, puseram os pezinhos na terra e correram atrás das pombinhas. Os mais velhos deitaram-se nas cangas num relaxamento gostoso, esticaram-se em cadeiras de praia, bebidinhas e papinhos animados bem à mão.
Não faltaram, é claro, as piadas, as zoações e as palhaçadas. Inspiramos, com certeza, muitas pessoas que passaram por nós. Ensinamos nossas crianças que família é tudo e que é muito bom ficar junto dela. Crescendo assim elas saberão passar pra frente esses bons valores.
O dia passou rápido, a comida foi muita, exageramos na dose! Hora de ir embora e o vuvo-vuco da "desarrumação" também foi parte divertida, e o tempo, agora sim, querendo mudar e anunciando chuva pra daqui a pouquinho. Alimentos distribuídos, guardados, toalhas dobradas, cadeiras e cangas recolhidas.
E lá fomos nós rumo ao estacionamento guardar toda aquela tralha em nossos porta-malas, momentos felizes em nossos corações e lembranças, e depois...correr pra casa antes que a água caísse. E não é que tudo se encaixou no tempo certo? Assisti e curti aquela chuvarada já da poltrona da sala, sorrindo de contente porque nosso dia tinha sido muito bom. Valeu, São Pedro!
Pedidos e promessas de um piquenique 2 já acontecem e já tem gente da família que mora longe querendo comparecer ao próximo. Quanto mais família, melhor. Eu abraço a idéia, porque se tem uma coisa que eu adoooooro é juntar gente, principalmente gente que me faz feliz.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O escuro às vezes ilumina...
O que eu vou dizer é mais do que lógico, mas caraca!, tudo é muito bom quando funciona, não é mesmo? Carro quando enguiça é uma merda, máquina de lavar roupas me desespera quando dá pití, a água quando falta promove um atraso na vida geral. A luz também, se bem que ainda acho menos pior que a falta d’água, porque na ausência da energia a gente acaba obrigado a ficar longe do computador, da tv e e de outros eletroviciantes que mandam e desmandam na vida de uma grande maioria de pessoas. Daí a gente procura um livro (se for à noite, com vela), vai pra janela ver o movimento na rua, presta atenção na agitação dos carros e pedestres e, de repente, todos da casa estão sentados no sofá à espera da luz, e assim acaba acontecendo uma reunião da família onde assuntos são colocados em dia e...nossa!, que gostoso uma noite assim diferente!!!
No último longo blackout que o Rio viveu, aconteceu exatamente assim aqui em casa. Fazia muito calor e, sem poder apelar para os ventiladores, escancaramos o janelão da sala, nos espalhamos nos sofás e começamos a papear, sem pressa, sem compromisso, sem relógio. Nem me lembro se acabamos indo pra cama ainda sem luz ou se ela voltou em algum momento; o fato é que foi uma noite tão gostosa e desigual de qualquer outra, de risadas e causos contados, que meu filho, no dia seguinte, nos sugeriu fazer uma “noite de blackout” a cada mês, onde desligaríamos todos os aparelhos da casa, apagaríamos as luzes, acenderíamos velas e ficaríamos conversando no sofá acho que...como antigamente, quando nenhum aparelho desses existia para nos afastar uns dos outros dentro de uma mesma casa!
No subúrbio me parece que ainda existe o hábito de algumas famílias se reunirem para uma conversa no portão de casa, pra onde levam suas cadeiras e ali se põem a jogar conversa fora ...
Bem, vou confessar que estou sem internet há algumas horas; terminei um trabalho manual, recebi uma colega querida aqui em casa, lanchamos juntas e agora que ela se foi e eu já fiz tudo que pensei ter pra fazer, começo a ficar chateada porque não posso colocar minha vida online em dia. Tudo bem que não fico doente por causa disso e logo acho o que movimentar, mas que fica faltando alguma coisa no dia de hoje, claro que fica!
Não sou por uma posição radical. Gosto das máquinas, elas nos auxiliam sobremaneira, mas não podem nos dominar. Que funcionem sempre que precisarmos, que nos ensinem, nos divirtam, nos informem, nos ajudem. Mas que não nos enfraqueçam, nos ceguem ou paralizem a ponto de precisarmos marcar na agenda a tal “noite de blackout” para que possamos nos reunir no sofá da sala com nossos filhos, maridos e esposas apenas para olharmos uns para os outros com um pouquinho mais de atenção!!!
domingo, 9 de outubro de 2011
Embalagens
Outro dia fui abrir um cd comprado mas esquecido na estante da sala. Novamente me deparei com a dificuldade inerente que me traz sempre essa tarefa, daí comecei a amaldiçoar esses fabricantes que bem podiam facilitar essa ação, mas justamente o contrário, parecem não querer que a gente usufrua do objeto comprado. O mesmo se dá com os dvs e ah!, também com os biscoitos, que apesar de trazerem uma linha onde se diz: ABRA AQUI, não abrem com essa simplicidade não, pelo menos 95% das vezes tentadas. Enfim.
Isso me fez pensar que da mesma forma existem algumas pessoas. Pessoas de difícil acesso, que se abrem com muita dificuldade, ou facilidade nenhuma, pessoas que se mostram praticamente muito bem lacradas, como essas embalagens. E como é difícil então chegar nelas! De um modo geral elas são bem caladas, expressam muito poucas emoções e parecem apenas aproveitar daquilo que ou outros oferecem. Conhece alguém assim? Essas pessoas existem.
Com muita sorte e persistência, você consegue descobrir a linha pontilhada que te dá acesso àquele conteúdo, mas até lá muita água terá rolado, você terá quase desistido dela, ou então ela vai te acenar que você está quase lá, que está ficando "quente"... e enfim, você entra naquela história antes tão, mas tão "garrada", que muito pouca gente seguiu em frente tentanto desgarrar. E muitas vezes o que vai lá dentro te surpreende, e nem sempre para a decepção, muito antes pelo contrário. Você quase deixou de conhecer uma pessoinha bacanérima, cheia de boas narrativas e conhecimentos, que entende "pracaramba" de gente, de sentimentos, de enredos e corações. E pensar que você quase deixou de descobrir o quanto vocês se afinam! O quanto têm pra trocar!
Foi preciso paciência. Esse produto essencial que anda muito em falta nas prateleiras das almas. Não desista assim tão fácil. Não deixe de curtir o som sensacional daquele cd ou dvd. O biscoito também vai valer a pena depois de aberto. Bem, se estiver murcho, você pelo menos tentou. Tem muita coisa boa debaixo de embalagens complicadas e de difícil trato. Se você faz o estilo agitado, alegre e falante como eu, certamente sentirá ainda mais dificuldade de ingressar nessas pessoas quase tão herméticas, tão diferentes de você. Diferentes sim, mas nem por isso menores.
Portanto, entre! A paisagem pode ser belíssima do outro lado!
Isso me fez pensar que da mesma forma existem algumas pessoas. Pessoas de difícil acesso, que se abrem com muita dificuldade, ou facilidade nenhuma, pessoas que se mostram praticamente muito bem lacradas, como essas embalagens. E como é difícil então chegar nelas! De um modo geral elas são bem caladas, expressam muito poucas emoções e parecem apenas aproveitar daquilo que ou outros oferecem. Conhece alguém assim? Essas pessoas existem.
Com muita sorte e persistência, você consegue descobrir a linha pontilhada que te dá acesso àquele conteúdo, mas até lá muita água terá rolado, você terá quase desistido dela, ou então ela vai te acenar que você está quase lá, que está ficando "quente"... e enfim, você entra naquela história antes tão, mas tão "garrada", que muito pouca gente seguiu em frente tentanto desgarrar. E muitas vezes o que vai lá dentro te surpreende, e nem sempre para a decepção, muito antes pelo contrário. Você quase deixou de conhecer uma pessoinha bacanérima, cheia de boas narrativas e conhecimentos, que entende "pracaramba" de gente, de sentimentos, de enredos e corações. E pensar que você quase deixou de descobrir o quanto vocês se afinam! O quanto têm pra trocar!
Foi preciso paciência. Esse produto essencial que anda muito em falta nas prateleiras das almas. Não desista assim tão fácil. Não deixe de curtir o som sensacional daquele cd ou dvd. O biscoito também vai valer a pena depois de aberto. Bem, se estiver murcho, você pelo menos tentou. Tem muita coisa boa debaixo de embalagens complicadas e de difícil trato. Se você faz o estilo agitado, alegre e falante como eu, certamente sentirá ainda mais dificuldade de ingressar nessas pessoas quase tão herméticas, tão diferentes de você. Diferentes sim, mas nem por isso menores.
Portanto, entre! A paisagem pode ser belíssima do outro lado!
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Sete mulheres
Saudade, meninas...
Sair da cama ontem foi diferente. Faltou a melodia daqueles "bom dia"! cheios de promessa de tudo de bom que estava por vir. Faltou o gás que passávamos umas às outras e nos mantinha de pé até o final do dia, pezinhos em frangalhos, mas... desistir, quem? As media lunas, o café quentinho e bem acompanhado no pratinho e na cadeira ao lado. Faltou roteiro no meu dia, comprinhas compartilhadas e andanças, descobertas e risadas.
Sair da cama ontem foi assim quase que um suspiro profundo e melancólico, embora a terça-feira me apressasse e me lembrasse horários e compromissos da vida real. Ai, como eu queria mais dias com vocês, mais almoços, quilmes, empanadas, risadas, vinhos, pés doloridos, flashes, paisagens, tangos, figurinhas pro nosso álbum...
Sete mulheres, sete primas, sete histórias; diferentes perfis, corações e mentes.
Sete meninas maduras querendo e precisando criançar, pular na cama de molas e fingir esquecer responsabilidades e preocupações naqueles dias mágicos.
Vivemos aproximações, lágrimas felizes, coisinhas foram desentaladas do coração, almas consoladas, conversinhas de alívio regadas à cafés e quilmes, um encontro de paz, eu diria.
Já me ponho a imaginar o próximo e, muito embora já tenhamos rascunhados alguns destinos, penso que ele é o que menos interessa. Aonde formos estará bem. Aonde cairmos estaremos juntas e unidas. Pelos laços, pelos sangue, pelo amor. Dizem que parentes a gente não escolhe, mas eu sou muito feliz por esse presente que a vida me permitiu ter: todas vocês.
Saudade, meninas...
Sair da cama ontem foi diferente. Faltou a melodia daqueles "bom dia"! cheios de promessa de tudo de bom que estava por vir. Faltou o gás que passávamos umas às outras e nos mantinha de pé até o final do dia, pezinhos em frangalhos, mas... desistir, quem? As media lunas, o café quentinho e bem acompanhado no pratinho e na cadeira ao lado. Faltou roteiro no meu dia, comprinhas compartilhadas e andanças, descobertas e risadas.
Sair da cama ontem foi assim quase que um suspiro profundo e melancólico, embora a terça-feira me apressasse e me lembrasse horários e compromissos da vida real. Ai, como eu queria mais dias com vocês, mais almoços, quilmes, empanadas, risadas, vinhos, pés doloridos, flashes, paisagens, tangos, figurinhas pro nosso álbum...
Sete mulheres, sete primas, sete histórias; diferentes perfis, corações e mentes.
Sete meninas maduras querendo e precisando criançar, pular na cama de molas e fingir esquecer responsabilidades e preocupações naqueles dias mágicos.
Vivemos aproximações, lágrimas felizes, coisinhas foram desentaladas do coração, almas consoladas, conversinhas de alívio regadas à cafés e quilmes, um encontro de paz, eu diria.
Já me ponho a imaginar o próximo e, muito embora já tenhamos rascunhados alguns destinos, penso que ele é o que menos interessa. Aonde formos estará bem. Aonde cairmos estaremos juntas e unidas. Pelos laços, pelos sangue, pelo amor. Dizem que parentes a gente não escolhe, mas eu sou muito feliz por esse presente que a vida me permitiu ter: todas vocês.
Saudade, meninas...
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Compartilhe
Tenho pensado muito nisso enquanto pedalo no Aterro. Falta consciência e exercício do verbo compartilhar! Está escrito no asfalto e, ainda que não estivesse, é sabido que aquelas pistas devem ser divididas pacificamente por quem as usa, sejam caminhantes, corredores, ciclistas, skatistas, babás, idosos, crianças e até a turma da guarda municipal. Posso dizer sem medo de errar que a grande maioria parece não ter noção do que seja isso!
Sou uma ciclista cuidadosa e consciente, e sempre procuro facilitar a passagem de quem vem e alertar para a minha presença, mas o que se vê em geral é uma total ignorância das leis básicas de trânsito, e não acho que é preciso saber dirigir para entender um pouquinho que seja: mantenha sempre a sua direita quando estiver indo, a menos que você esteja em Londres ou em raríssimas ruas aqui no Rio que usam a mão inglesa em pequenos trechos. De preferência, mantenha-se no canto direito da pista, principalmente quando estiver acompanhado. A verdade é que o povo apronta o maior bundalelê, e aquilo que deveria ser um exercício físico ininterrupto, acaba recheado de freadas e sobressaltos.
Há os que resolvem mudar o rumo e virar de volta, assim do nada e sem aviso prévio; há os que caminham em grupo e tomam toda a pista numa linha horizontal; os que vêm na sua direção, no seu lado de direito, e ainda fazem cara feia quando vc impõe sua passagem! Os que atravessam a pista sem olhar e todo dia deixam um ciclista com o coração na mão ou uma marca de freada na pista; os surdos filhos da mãe, que ignoram sua buzina e fazem questão de não te dar passagem; há quem pare na pista para trocar figurinhas, receitas ou sei lá, e ali ficam sem a menor percepção de que ocupam o lugar errado. Até a guarda municipal, que bem poderia dar o exemplo, em seu treinamento diário se espalha na pista como fosse ali o seu quintal e ponto: você que se vire ou espere passagem. Tenho andado irritada com isso, gentem. Vamos compartilhar!!
A vida melhora e fica mais feliz quando se entende que compartilhar é tudo! Na pista da vida estamos mesmo é pra isso, pra dividir, dar a mão, estender o braço, colaborar, andar junto. Compartilhemos boas dicas, novas informações, segredinhos de receitas, pulos de gato, boas ofertas, descobertas fantásticas, amigos bacanas, boas risadas, cerejas de bolo! Dividamos nossas boas descobertas e até as nem tão boas quando elas puderem ajudar... Ninguém perde por dividir, ninguém deixa de ser por compartir suas experiências e seus achados. Alegria compartilhada se potencializa.Tristeza compartilhada pesa muito menos. Angústia dividida deixa o coração mais leve.
Solte-se, abra-se, crie novos espaços. Deixe o outro passar. Facilite seu caminho e deixe a pista livre. Faz um bem danado e não custa nada!!! Vamos?
Sou uma ciclista cuidadosa e consciente, e sempre procuro facilitar a passagem de quem vem e alertar para a minha presença, mas o que se vê em geral é uma total ignorância das leis básicas de trânsito, e não acho que é preciso saber dirigir para entender um pouquinho que seja: mantenha sempre a sua direita quando estiver indo, a menos que você esteja em Londres ou em raríssimas ruas aqui no Rio que usam a mão inglesa em pequenos trechos. De preferência, mantenha-se no canto direito da pista, principalmente quando estiver acompanhado. A verdade é que o povo apronta o maior bundalelê, e aquilo que deveria ser um exercício físico ininterrupto, acaba recheado de freadas e sobressaltos.
Há os que resolvem mudar o rumo e virar de volta, assim do nada e sem aviso prévio; há os que caminham em grupo e tomam toda a pista numa linha horizontal; os que vêm na sua direção, no seu lado de direito, e ainda fazem cara feia quando vc impõe sua passagem! Os que atravessam a pista sem olhar e todo dia deixam um ciclista com o coração na mão ou uma marca de freada na pista; os surdos filhos da mãe, que ignoram sua buzina e fazem questão de não te dar passagem; há quem pare na pista para trocar figurinhas, receitas ou sei lá, e ali ficam sem a menor percepção de que ocupam o lugar errado. Até a guarda municipal, que bem poderia dar o exemplo, em seu treinamento diário se espalha na pista como fosse ali o seu quintal e ponto: você que se vire ou espere passagem. Tenho andado irritada com isso, gentem. Vamos compartilhar!!
A vida melhora e fica mais feliz quando se entende que compartilhar é tudo! Na pista da vida estamos mesmo é pra isso, pra dividir, dar a mão, estender o braço, colaborar, andar junto. Compartilhemos boas dicas, novas informações, segredinhos de receitas, pulos de gato, boas ofertas, descobertas fantásticas, amigos bacanas, boas risadas, cerejas de bolo! Dividamos nossas boas descobertas e até as nem tão boas quando elas puderem ajudar... Ninguém perde por dividir, ninguém deixa de ser por compartir suas experiências e seus achados. Alegria compartilhada se potencializa.Tristeza compartilhada pesa muito menos. Angústia dividida deixa o coração mais leve.
Solte-se, abra-se, crie novos espaços. Deixe o outro passar. Facilite seu caminho e deixe a pista livre. Faz um bem danado e não custa nada!!! Vamos?
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Ônibus
Sempre andei pouco de ônibus porque desde criança tive a facilidade dos carros de papai e mamãe e o apoio do ônibus escolar, naquela época chamado de "especial". Época do que hoje seria o ensino médio, naqueles dias eu até usava ônibus para ir ao colégio, mas por muitas vêzes ainda ia sendo levada de carona até mesmo por meus irmãos. Usei um pouquinho mais esse meio de transporte quando na adolescência, mesmo assim intercalando caronas frequentes de papai, que me deixava na escola a caminho do trabalho. O fato é que nunca fui muito íntima daqueles bichos enormes e barulhentos e por causa disso nunca os olhei com muita simpatia. Depois do meu primeiro carro e de todos que vieram a seguir, então, andar de ônibus era alternativa nunca pensada, vista com bastante intolerância e sempre substituída por alguma idéia bem melhor, ainda que fosse desistir de ir!
Isso até que, já velha de guerra e muito mal acostumada ao conforto das minhas 4 rodas, me vi sem carro, vendido para suavizar uma crise financeira. Agora era isso ou isso. Táxi só em situações muito especias e eu evitava que elas acontecessem. Era chegada a minha hora de cair na vida, dar um tchauzinho pra minha patricinha motorizada e fazer aquilo que milhões de pessoas fazem diariamente e com a maior naturalidade e nenhuma possibilidade de escolha. Parti pra luta.
Confesso que nos primeiros dias tive sentimentos de revolta, raiva e muita saudade do meu Honda Fit, todo arrumadinho pra mim, e que eu só pude desfrutar durante 1 ano. Bem, lá vamos nós! Como de um limão a gente tem sempre que ao menos tentar uma limonada, com o passar dos dias fui encarando a experiência com outro humor e, com a prática que a vivência ia me trazendo, por que não dizer, outros olhos! De início perdida com os itinerários e totalmente sem o hábito daquilo, me sentia quase como uma estrangeira na minha própria cidade, com receio de me perder, passar do ponto ou pegar o rumo errado.
Então comecei a enxergar a parte boa de tudo aquilo e me surpreendi com a qualidade dos veículos, que agora tinham até ar condicionado, e a cordialidade dos motoristas, agora tão educados. E a entrada hoje em dia era pela porta dianteira!! Sempre preferia sentar nos primeiros e mais altos bancos da frente, onde ia acompanhando todo o trajeto com atenção e surpresa, descobrindo uma rua aqui, um edifício novo ali, uma loja inaugurada há nem tão pouco tempo assim, mas que do conforto do meu carrinho eu simplesmente não percebia! E fui curtindo os tipos, a variedade de pessoas, comportamentos e prestando atenção nas conversas que dezenas de vêzes tive vontade de interromper para um palpite. E aquilo tudo foi se tornando fácil e até indolor pra mim. Uma nova realidade, imposta pelos percalços da vida, mas que, como toda experiência, estava me trazendo ensinamentos, outro viés no olhar e até mesmo uma certa satisfação comigo mesma.
E foram 3 anos e meio sem carro, muitos ônibus, muitos trajetos, muita observação.
Um dia a vida me tirou um bem que não tinha preço, insubstituível e que me doeu infinitamente mais do que a perda do meu carrinho. E essa perda, ironicamente, me permitiu condições para comprar um novo carro. Era inclusive uma dívida que eu internamente sentia ter, mas isso já é outro assunto.
O fato é que hoje, há 1 ano e sete mêses novamente sobre 4 rodas, meu bichinho sai muito pouco da garagem. Minha vida é organizada quase toda a pé e eu aprendi a usar o transporte das massas e a entender o quanto ele é muito mais prático na maioria das vêzes. Posso tranquilamente dizer que curto muito as viagens do alto daqueles bancos, a facilidade que isso me traz e como me sinto desamarrada de tantos conceitos anteriores.
Claro que a liberdade e a independência que o carro traz tem o seu lugar e em certos momentos, não dá para ficar sem. Mas hoje não tenho mais limites. Eu simplesmente vou.
Ao contrário da Angélica, vou de ônibus.
Feliz da vida!!!
Isso até que, já velha de guerra e muito mal acostumada ao conforto das minhas 4 rodas, me vi sem carro, vendido para suavizar uma crise financeira. Agora era isso ou isso. Táxi só em situações muito especias e eu evitava que elas acontecessem. Era chegada a minha hora de cair na vida, dar um tchauzinho pra minha patricinha motorizada e fazer aquilo que milhões de pessoas fazem diariamente e com a maior naturalidade e nenhuma possibilidade de escolha. Parti pra luta.
Confesso que nos primeiros dias tive sentimentos de revolta, raiva e muita saudade do meu Honda Fit, todo arrumadinho pra mim, e que eu só pude desfrutar durante 1 ano. Bem, lá vamos nós! Como de um limão a gente tem sempre que ao menos tentar uma limonada, com o passar dos dias fui encarando a experiência com outro humor e, com a prática que a vivência ia me trazendo, por que não dizer, outros olhos! De início perdida com os itinerários e totalmente sem o hábito daquilo, me sentia quase como uma estrangeira na minha própria cidade, com receio de me perder, passar do ponto ou pegar o rumo errado.
Então comecei a enxergar a parte boa de tudo aquilo e me surpreendi com a qualidade dos veículos, que agora tinham até ar condicionado, e a cordialidade dos motoristas, agora tão educados. E a entrada hoje em dia era pela porta dianteira!! Sempre preferia sentar nos primeiros e mais altos bancos da frente, onde ia acompanhando todo o trajeto com atenção e surpresa, descobrindo uma rua aqui, um edifício novo ali, uma loja inaugurada há nem tão pouco tempo assim, mas que do conforto do meu carrinho eu simplesmente não percebia! E fui curtindo os tipos, a variedade de pessoas, comportamentos e prestando atenção nas conversas que dezenas de vêzes tive vontade de interromper para um palpite. E aquilo tudo foi se tornando fácil e até indolor pra mim. Uma nova realidade, imposta pelos percalços da vida, mas que, como toda experiência, estava me trazendo ensinamentos, outro viés no olhar e até mesmo uma certa satisfação comigo mesma.
E foram 3 anos e meio sem carro, muitos ônibus, muitos trajetos, muita observação.
Um dia a vida me tirou um bem que não tinha preço, insubstituível e que me doeu infinitamente mais do que a perda do meu carrinho. E essa perda, ironicamente, me permitiu condições para comprar um novo carro. Era inclusive uma dívida que eu internamente sentia ter, mas isso já é outro assunto.
O fato é que hoje, há 1 ano e sete mêses novamente sobre 4 rodas, meu bichinho sai muito pouco da garagem. Minha vida é organizada quase toda a pé e eu aprendi a usar o transporte das massas e a entender o quanto ele é muito mais prático na maioria das vêzes. Posso tranquilamente dizer que curto muito as viagens do alto daqueles bancos, a facilidade que isso me traz e como me sinto desamarrada de tantos conceitos anteriores.
Claro que a liberdade e a independência que o carro traz tem o seu lugar e em certos momentos, não dá para ficar sem. Mas hoje não tenho mais limites. Eu simplesmente vou.
Ao contrário da Angélica, vou de ônibus.
Feliz da vida!!!
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Voltei
Faz tempo, hem. Não é porque eu estivesse sem assunto. Não é porque ninguém me perguntasse "parou por que?". Não que eu não quisesse continuar. Mas foi assim, e assim se passaram 42 dias. Teve dor lombar, dor nos ombros, suspensão de exercícios, fisioterapia, medico, medicação, casamento e envolvimento, despesas, conversas, até momentos de desânimo,por que não?
Mas vamos que vamos!, como diz uma amigona querida, queridaça mesmo, que vive pulando fogueiras sem queimar o rabinho nem perder a alegria. É assim que se faz.
Quero falar de um casamento que aconteceu há 3 dias apenas. Fui madrinha e ocupei um lugar no altar que me permitiu estar de frente para o casal e observar, totalmente encantada, suas expressões faciais durante toda a cerimônia. Ali estava um casal que me pareceu absolutamente consciente e entregue àquele ritual de passagem, de encontro, de finalização de uma etapa e começo de outra.
A noiva parecia se encontrar em estado de sublimação, enlevo e entrega total àquele momento. Os olhos marejados e felizes fitavam a imagem de Jesus durante todo o tempo e ela parecia conversar com Ele em silêncio, numa total cumplicidade e estado de contemplação, agradecimento e quase descrença de que aquilo estivesse finalmente acontecendo. Chorei muito, emocionada com aquela visão. Aquilo era um casamento, aquilo era uma convicção; um momento único de uma noiva feliz, tão feliz como nunca vi outra igual.
Desejei ter passado por isso, pintou uma pontinha de inveja daquele sentimento que ela estava experimentando e pelo qual eu não passei. Cada um com sua história. Desejei também que eles consigam manter essa espécie de comunhão em sua vida para sempre: que consigam compartilhar idéias, sentimentos e valores com aquele olhar encantado. Que se olhem sempre com admiração e fascínio, assim como pareciam olhar e sentir aquele momento diante do Pai. Que assim seja.
Mas vamos que vamos!, como diz uma amigona querida, queridaça mesmo, que vive pulando fogueiras sem queimar o rabinho nem perder a alegria. É assim que se faz.
Quero falar de um casamento que aconteceu há 3 dias apenas. Fui madrinha e ocupei um lugar no altar que me permitiu estar de frente para o casal e observar, totalmente encantada, suas expressões faciais durante toda a cerimônia. Ali estava um casal que me pareceu absolutamente consciente e entregue àquele ritual de passagem, de encontro, de finalização de uma etapa e começo de outra.
A noiva parecia se encontrar em estado de sublimação, enlevo e entrega total àquele momento. Os olhos marejados e felizes fitavam a imagem de Jesus durante todo o tempo e ela parecia conversar com Ele em silêncio, numa total cumplicidade e estado de contemplação, agradecimento e quase descrença de que aquilo estivesse finalmente acontecendo. Chorei muito, emocionada com aquela visão. Aquilo era um casamento, aquilo era uma convicção; um momento único de uma noiva feliz, tão feliz como nunca vi outra igual.
Desejei ter passado por isso, pintou uma pontinha de inveja daquele sentimento que ela estava experimentando e pelo qual eu não passei. Cada um com sua história. Desejei também que eles consigam manter essa espécie de comunhão em sua vida para sempre: que consigam compartilhar idéias, sentimentos e valores com aquele olhar encantado. Que se olhem sempre com admiração e fascínio, assim como pareciam olhar e sentir aquele momento diante do Pai. Que assim seja.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Se liga...
"Dona Carla,
soube do seu blog Cinquentando, ainda não li, mas me pareceu assustador.
Abraço,
Vera".
Olha, minha filha, assustada estou eu com várias coisas a respeito desse blog. Primeiramente com o número expressivo de seguidores, mas falei sobre isso faz pouco e...vou mudar de assunto já! Mas vamos ao seu e-mail: assustada, fofinha?
Fico aqui tentando imaginar a causa. Estou nos 53, querida, estou viva e sou normal. Claro, um pouco mais usada que você, provavelmente, muito embora não tenha me dito a sua idade. Mas o fato de se assustar com o cinquentando sem mesmo dar-se a curiosidade de ler...me deixa a noção de que vc deve estar beirando os 30. Acertei? Sim, porque nos 30 a gente ainda se pensa poderosa e muito longe do que virá a ser "assustador".
Mas olha, mantenha a calma e desapegue dessa idéia. Você não vai ler sobre doenças nem remédios nem chazinhos nem xales nem crochet nem medos nem desistências nem fins. Muito pelo contrário, vai saber de novas descobertas, novas visões e novos recomeços. A vida se reinventa aos 50, praticamente. Antes disso tudo é muito ilusório, enganoso, tudo muito blá-blá-blá. Com exceção do corpo, que te manda mensagens muitas vêzes pouco animadoras e te mostra no espelho muita coisa que você preferia ver até os 40 no máximo, o resto pode ser festa. É só pensar que sim.
Depois dos 50, por exemplo, eu descobri que dar risada é um santo remédio, pedalar é uma deliciosa viagem diária e que brincar faz a gente achar a vida muito mais gostosa, isso até mesmo nos momentos nem tão contentes assim. Ou seja, depois dos 50, apesar dos quilinhos a mais que se agregam quase que inexoravelmente à nossa imagem física, eu me sinto mais leve.
Olha, não vou te enganar: a coluna dói, a memória te deixa na mão, a menopausa é uma merda (e ainda nem falei dela), na cabeça os fios brancos começam uma invasão (mas as luzes disfarçam que é uma beleza...), sua agenda é cheia de compromissos médicos e terapêuticos, mas ainda assim a vida é bela. Assustador é ver adultos se aproveitando sexualmente de crianças, saber da roubalheira que é a nossa política, não conseguir andar nas ruas sem medo, assistir ao noticiário diário e ver que nada muda para melhor, ou quase nada, enfim, a lista é grande. Portanto, minha filha, larga de ser besta e sacode essa ideía de que cinquentar seja assustador. Você vai se assustar, isso sim, quando chegar lá e perceber o quanto era bobinha e fraquinha e presa a tantas regrinhas tolas. Ah, outra coisa: não sou DONA de nada, combinado? Me chame Carla, simplesmente Carla.
Se liga, Verinha, aproveita esse seu tempo agora, porque lá na frente...
vai ser muito melhor!!
Abraço,
Carla.
soube do seu blog Cinquentando, ainda não li, mas me pareceu assustador.
Abraço,
Vera".
Olha, minha filha, assustada estou eu com várias coisas a respeito desse blog. Primeiramente com o número expressivo de seguidores, mas falei sobre isso faz pouco e...vou mudar de assunto já! Mas vamos ao seu e-mail: assustada, fofinha?
Fico aqui tentando imaginar a causa. Estou nos 53, querida, estou viva e sou normal. Claro, um pouco mais usada que você, provavelmente, muito embora não tenha me dito a sua idade. Mas o fato de se assustar com o cinquentando sem mesmo dar-se a curiosidade de ler...me deixa a noção de que vc deve estar beirando os 30. Acertei? Sim, porque nos 30 a gente ainda se pensa poderosa e muito longe do que virá a ser "assustador".
Mas olha, mantenha a calma e desapegue dessa idéia. Você não vai ler sobre doenças nem remédios nem chazinhos nem xales nem crochet nem medos nem desistências nem fins. Muito pelo contrário, vai saber de novas descobertas, novas visões e novos recomeços. A vida se reinventa aos 50, praticamente. Antes disso tudo é muito ilusório, enganoso, tudo muito blá-blá-blá. Com exceção do corpo, que te manda mensagens muitas vêzes pouco animadoras e te mostra no espelho muita coisa que você preferia ver até os 40 no máximo, o resto pode ser festa. É só pensar que sim.
Depois dos 50, por exemplo, eu descobri que dar risada é um santo remédio, pedalar é uma deliciosa viagem diária e que brincar faz a gente achar a vida muito mais gostosa, isso até mesmo nos momentos nem tão contentes assim. Ou seja, depois dos 50, apesar dos quilinhos a mais que se agregam quase que inexoravelmente à nossa imagem física, eu me sinto mais leve.
Olha, não vou te enganar: a coluna dói, a memória te deixa na mão, a menopausa é uma merda (e ainda nem falei dela), na cabeça os fios brancos começam uma invasão (mas as luzes disfarçam que é uma beleza...), sua agenda é cheia de compromissos médicos e terapêuticos, mas ainda assim a vida é bela. Assustador é ver adultos se aproveitando sexualmente de crianças, saber da roubalheira que é a nossa política, não conseguir andar nas ruas sem medo, assistir ao noticiário diário e ver que nada muda para melhor, ou quase nada, enfim, a lista é grande. Portanto, minha filha, larga de ser besta e sacode essa ideía de que cinquentar seja assustador. Você vai se assustar, isso sim, quando chegar lá e perceber o quanto era bobinha e fraquinha e presa a tantas regrinhas tolas. Ah, outra coisa: não sou DONA de nada, combinado? Me chame Carla, simplesmente Carla.
Se liga, Verinha, aproveita esse seu tempo agora, porque lá na frente...
vai ser muito melhor!!
Abraço,
Carla.
sábado, 2 de julho de 2011
Dezenove
Nossa, fazia tempo que eu não passava por aqui. Pergunta se alguém sentiu minha falta, me cobrou novidades, ficou triste porque não me leu. Tá. Ahã. São esses meus seguidores? Todo dia, sai um e entra outro, são 19. Continuam DEZENOVE. Fosse eu depressiva, já teria passado a faca no pulso ou no mínimo tentado pular aqui do 1º andar. Mas ligo não, viu? Tô nem ai. Vou continuar conversando comigo mesma e me distraindo, simplesmente porque gosto disso. Meus "seguidores" que se...ah, quer saber? Azeite. Sou carente sim, já falei isso antes e confirmo, mas também sou total AUTO: auto-leitora, auto-seguidora, auto-ouvinte, auto-interlocutora, não sou? Então! Parafraseando o Zagallo, vocês vão ter que me engolir. Ou não.
Não conheço outro blog que possua 19 seguidores. Será esse um número cabalístico e, por alguma razão que desconheço, ele não pode ou não quer se alterar? Será isso uma conspiração? Uma sacanagem mesmo? Pensar que um dia eu pensei bombar com esse blog de meleca, quem sabe fazer sucesso e até mesmo defender algum. Mas não com esses seguidores. Dezenove. Parece até título de filme. Ou livro. Não deixa de ser uma idéia. Hum. De repente fiquei passada. De-ze-no-ve se-gui-do-res!...isso é constrangedor, mas...primeiro andar???
Não conheço outro blog que possua 19 seguidores. Será esse um número cabalístico e, por alguma razão que desconheço, ele não pode ou não quer se alterar? Será isso uma conspiração? Uma sacanagem mesmo? Pensar que um dia eu pensei bombar com esse blog de meleca, quem sabe fazer sucesso e até mesmo defender algum. Mas não com esses seguidores. Dezenove. Parece até título de filme. Ou livro. Não deixa de ser uma idéia. Hum. De repente fiquei passada. De-ze-no-ve se-gui-do-res!...isso é constrangedor, mas...primeiro andar???
sábado, 18 de junho de 2011
O bonde das chicas
"Como assim? Você vai para Nova York com 5 amigas?? E nós, suas primas queridas, como ficamos? Ah não, isso não está prestando, não mesmo, e queremos direitos iguais JÁ!!!"... E foi assim que começamos nossa viagem na maionese para um destino ainda incerto, passageiras ainda indefinidas e data a ser acertada no grito.
A feijoada ainda não havia sido servida mas a caipirinha já habitava as cabecinhas e fígados, fazendo com que as ideías e palpites pipocassem em meio a risadas gostosas e desopilantes. Começamos por Nova York e suas avenidas, passamos por Orlando e seus outlets, por Miami de praias e bares badaladíssimos, mas acabamos mesmo em Buenos Aires por ser uma direção mais viável para todas em todos os aspectos. Tinha prima com pouca grana, prima com pouco tempo, prima sem grana e sem tempo, enfim. Buenos Aires! Tava bom pra todo mundo. Tangos, chorizos e Florida... AÍ VAMOS NÓS!!!!!
Faltava definir o grupo. Éramos umas 15 logo de cara. Prima criança e prima adolescente começando a se animar. Até PRIMO se engraçando, querendo ir para registrar o encontro. Martelo batido de pronto: nã, nã, ni, nã, não para menores e meninos. Ambos atrapalham, cada um a sua maneira. Agora é hora das calcinhas cor de rosa, batons e muito rímel. E assim ficou decidida nossa intenção. Agora era juntar tudo e mandar ver. Eu não acreditava muito que aquilo ali fosse em frente. Sabe como é: como dizia meu pai, "o vinho não cumpre promessas"... e caipirinha, hem pai?
Pois exatos 31 dias, muitos e-mails, torpedos, telefonemas, skypes, pesquisas, orçamentos, e muito trabalho para conciliar interesses e disponibilidades DEPOIS... conseguimos defininir primas, datas, voos e hospedagem. Somos 7. O bonde está formado, sai em data de independência nossa e do Brasil, e estamos excitadíssimas com a espera da festa. Vamos deixar maridos, filhos, estresses e preocupações para trás. Queremos rir. Queremos brincar, hora de recreio e nenhuma fiscalização ou compromisso. A gente acha que merece. Juramos nos comportar (juramos?), mas de vez em quando a gente mente mesmo. Juramos sentir saudades, mas pode ser que não tenhamos tempo. Mas voltamos. Cheias de causos para contar, caso consigamos parar de rir. Somos 7 primas e só 1 destino: diversão e muita alegria. O bonde das chicas parte em pouco mais de 2 mêses e tá difícil esperar por isso. Bjus, amadas!
A feijoada ainda não havia sido servida mas a caipirinha já habitava as cabecinhas e fígados, fazendo com que as ideías e palpites pipocassem em meio a risadas gostosas e desopilantes. Começamos por Nova York e suas avenidas, passamos por Orlando e seus outlets, por Miami de praias e bares badaladíssimos, mas acabamos mesmo em Buenos Aires por ser uma direção mais viável para todas em todos os aspectos. Tinha prima com pouca grana, prima com pouco tempo, prima sem grana e sem tempo, enfim. Buenos Aires! Tava bom pra todo mundo. Tangos, chorizos e Florida... AÍ VAMOS NÓS!!!!!
Faltava definir o grupo. Éramos umas 15 logo de cara. Prima criança e prima adolescente começando a se animar. Até PRIMO se engraçando, querendo ir para registrar o encontro. Martelo batido de pronto: nã, nã, ni, nã, não para menores e meninos. Ambos atrapalham, cada um a sua maneira. Agora é hora das calcinhas cor de rosa, batons e muito rímel. E assim ficou decidida nossa intenção. Agora era juntar tudo e mandar ver. Eu não acreditava muito que aquilo ali fosse em frente. Sabe como é: como dizia meu pai, "o vinho não cumpre promessas"... e caipirinha, hem pai?
Pois exatos 31 dias, muitos e-mails, torpedos, telefonemas, skypes, pesquisas, orçamentos, e muito trabalho para conciliar interesses e disponibilidades DEPOIS... conseguimos defininir primas, datas, voos e hospedagem. Somos 7. O bonde está formado, sai em data de independência nossa e do Brasil, e estamos excitadíssimas com a espera da festa. Vamos deixar maridos, filhos, estresses e preocupações para trás. Queremos rir. Queremos brincar, hora de recreio e nenhuma fiscalização ou compromisso. A gente acha que merece. Juramos nos comportar (juramos?), mas de vez em quando a gente mente mesmo. Juramos sentir saudades, mas pode ser que não tenhamos tempo. Mas voltamos. Cheias de causos para contar, caso consigamos parar de rir. Somos 7 primas e só 1 destino: diversão e muita alegria. O bonde das chicas parte em pouco mais de 2 mêses e tá difícil esperar por isso. Bjus, amadas!
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Suspiros
Tenho sentido muita saudade, saudade de tudo, saudade de todos, saudade de gente, saudade de coisas, de sensações, saudade de quem está longe, saudade de quem já se foi, saudade até de quem está perto mas não está mais tão próximo, saudade de um tempo, de um hábito, saudade de coisas vividas, de coisas sentidas, arrepios, expectativas, paixões, saudade de filho pequeno, de cafés na varanda, cafuné de mãe, natais em Belo Horizonte, férias com primas. Às vêzes saudade dói. Às vêzes alimenta.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
O corpo fala...
... e muda. Como muda!!!
Todo dia o espelho do banheiro me faz o favor de lembrar dessa desgraça. Cadê aquela barriguinha que já esteve aqui? A bundinha antes de baixar um nível e dar uma ligeira descalibrada, cadê, cadê? O peito feliz, alto astral, agora cabisbaixo...cadê? Onde foram parar todos vocês, meus???
Tenho uma prima que tinha a barriga pra dentro quando éramos mocinhas. Lisa, chegava a fazer um depressão entre os ossos do quadril. Eu já invejava aquela barriguinha desde então porque a minha sempre foi normal, no lugar, mas existia. Timidamente, mas existia, a dela não. Era uma beleza. Apesar de tudo, se me lembro bem, ela não gostava daquilo, se achava magra demais. É sempre assim, não é? Bem, hoje estamos aí com as nossas barriguinhas mudadas e acho que daríamos um dedo ou mais para resgatarmos aquelas lá de trás. O fato é que a embalagem muda. O conteúdo vai ficando mais rico e safo, mas a embalagem muitas vêzes não valoriza o que está por dentro. E embalagem é tudo, vamos combinar.
Por enquanto, apesar das constatações no espelho na hora do banho, ainda me sinto bem apesar de. E não tenho vontade (ainda) de trocar as peças originais. O máximo a que me permito é uma marroquina nas madeixas para tirar o volume e unhas fake quando as naturais não vão bem, o que aliás não acontece agora: combinando com o meu astral mais recente, elas estão muito bem, obrigada.
Muitas lanternagens não dão certo e tem muita gente por aí pra nos provar isso. A mulherada está toda com boca de peixe e bochechas de Fofão. Algumas já não entristecem ou demonstram alegria, susto ou medo. Expressão facial única e eterna. Os peitos parecem querer explodir a qualquer momento e há quem diga que o toque não é agradável. Prefiro os soutiens com aro e bojo, pra mim está bem assim, resolve.
Então o corpo muda, alarga, perde a firmeza, ganha bochechinhas, pochetinhas, furinhos, código de barras, linhas e áreas bem fofas, mas...é o que temos, é nosso e é autêntico (o meu, pelo menos). Dá saudade? Dá melancolia, desgosto, ainda que passageiro? Dá, dá, dá. Depois dos 50 não minto nem pra mim mesma. Mas aí eu saio rapidinho da frente do espelho, entro logo num modelito que me esconda e beneficie e... vai te catar, espelho meu!!!!
Todo dia o espelho do banheiro me faz o favor de lembrar dessa desgraça. Cadê aquela barriguinha que já esteve aqui? A bundinha antes de baixar um nível e dar uma ligeira descalibrada, cadê, cadê? O peito feliz, alto astral, agora cabisbaixo...cadê? Onde foram parar todos vocês, meus???
Tenho uma prima que tinha a barriga pra dentro quando éramos mocinhas. Lisa, chegava a fazer um depressão entre os ossos do quadril. Eu já invejava aquela barriguinha desde então porque a minha sempre foi normal, no lugar, mas existia. Timidamente, mas existia, a dela não. Era uma beleza. Apesar de tudo, se me lembro bem, ela não gostava daquilo, se achava magra demais. É sempre assim, não é? Bem, hoje estamos aí com as nossas barriguinhas mudadas e acho que daríamos um dedo ou mais para resgatarmos aquelas lá de trás. O fato é que a embalagem muda. O conteúdo vai ficando mais rico e safo, mas a embalagem muitas vêzes não valoriza o que está por dentro. E embalagem é tudo, vamos combinar.
Por enquanto, apesar das constatações no espelho na hora do banho, ainda me sinto bem apesar de. E não tenho vontade (ainda) de trocar as peças originais. O máximo a que me permito é uma marroquina nas madeixas para tirar o volume e unhas fake quando as naturais não vão bem, o que aliás não acontece agora: combinando com o meu astral mais recente, elas estão muito bem, obrigada.
Muitas lanternagens não dão certo e tem muita gente por aí pra nos provar isso. A mulherada está toda com boca de peixe e bochechas de Fofão. Algumas já não entristecem ou demonstram alegria, susto ou medo. Expressão facial única e eterna. Os peitos parecem querer explodir a qualquer momento e há quem diga que o toque não é agradável. Prefiro os soutiens com aro e bojo, pra mim está bem assim, resolve.
Então o corpo muda, alarga, perde a firmeza, ganha bochechinhas, pochetinhas, furinhos, código de barras, linhas e áreas bem fofas, mas...é o que temos, é nosso e é autêntico (o meu, pelo menos). Dá saudade? Dá melancolia, desgosto, ainda que passageiro? Dá, dá, dá. Depois dos 50 não minto nem pra mim mesma. Mas aí eu saio rapidinho da frente do espelho, entro logo num modelito que me esconda e beneficie e... vai te catar, espelho meu!!!!
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Pô, gentem....
Tá certo que eu não peciso de muito nem de ninguém pra conversar. Tá certo, eu falo sozinha e adoro. Falo mesmo, e daí? Os antigos diziam conversar com seus botões. Ih...., pois eu converso com botões, bicicleta, prateleiras de supermercado, panelas, postes, vitrines. Converso, pergunto, respondo, olha que beleza, que coisa mais prática e independente! Tem momentos que dou até risada, claro, imaginem as cenas. Acho muito, muito divertido. Tô nem aí, não mesmo, pensem e digam o que quiserem. Mas, gentem... tudo tem limite!
Já estou aqui com vocês há exatos 65 dias, 446 visualizações, 19 seguidores (meu ibope não está lá grande coisa, que número expressivo, hem!...) e confesso: frustradíssima! Ninguém conversa comigoooo! Nenhum comentário, nenhuma interação, babados trocados ou seja lá o que for, ah, façam-me o favor!!!! Cheguei a pensar que esse meu espacinho aqui ia me trazer mais diversão, que a gente ia trocar mais figurinhas, mas, olha....vocês estão me decepcionando, por acaso SÓ têm coisa melhor a fazer? Assim não dá.
Todos os dias abro a telinha na esperança de ver mais uma foto na galeria dos meus seguidores: tudo igual. Todos os dias penso que vou ler um comentário, uma opinião, uma palavra qualquer que signifique "vá em frente, você está agradando"!, mas qual... quanta decepção. Sonho com o dia que mais de 1000 seguidores estarão contabilizados na minha página. Rá, rá, rá. Piada. Gentem, nunca esperei isso de vocês, vamos combinar.
Agora, além de falar com meus botõezinhos e as coisinhas ao meu redor, escrevo e conto historinhas apenas para mim mesma? Sei não, vocês continuam assim e eu vou deprimir, logo agora que estou tão leve, tão animada da vida?
Ah, querem saber? Tô cheia de amor pra dar e casinhos pra contar, mas queridos (porém escassos e falsos) seguidores, um aviso vou lhes dar: tá pintando aí pra frente uma aventura que promete ser bem legal, que vai render muita história e risada e que eu já estou doidinha pra poder passar pra vocês. Quem me seguir lerá. Quem não me seguir vai achar o vácuo, a tristeza, a solidão. Isso não é praga. Mas é bom não duvidar.
Ainda há tempo para mudanças.
Já estou aqui com vocês há exatos 65 dias, 446 visualizações, 19 seguidores (meu ibope não está lá grande coisa, que número expressivo, hem!...) e confesso: frustradíssima! Ninguém conversa comigoooo! Nenhum comentário, nenhuma interação, babados trocados ou seja lá o que for, ah, façam-me o favor!!!! Cheguei a pensar que esse meu espacinho aqui ia me trazer mais diversão, que a gente ia trocar mais figurinhas, mas, olha....vocês estão me decepcionando, por acaso SÓ têm coisa melhor a fazer? Assim não dá.
Todos os dias abro a telinha na esperança de ver mais uma foto na galeria dos meus seguidores: tudo igual. Todos os dias penso que vou ler um comentário, uma opinião, uma palavra qualquer que signifique "vá em frente, você está agradando"!, mas qual... quanta decepção. Sonho com o dia que mais de 1000 seguidores estarão contabilizados na minha página. Rá, rá, rá. Piada. Gentem, nunca esperei isso de vocês, vamos combinar.
Agora, além de falar com meus botõezinhos e as coisinhas ao meu redor, escrevo e conto historinhas apenas para mim mesma? Sei não, vocês continuam assim e eu vou deprimir, logo agora que estou tão leve, tão animada da vida?
Ah, querem saber? Tô cheia de amor pra dar e casinhos pra contar, mas queridos (porém escassos e falsos) seguidores, um aviso vou lhes dar: tá pintando aí pra frente uma aventura que promete ser bem legal, que vai render muita história e risada e que eu já estou doidinha pra poder passar pra vocês. Quem me seguir lerá. Quem não me seguir vai achar o vácuo, a tristeza, a solidão. Isso não é praga. Mas é bom não duvidar.
Ainda há tempo para mudanças.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Últimas
Se você (tomara, diz que sim, sim!!!) já está sentindo falta de um assuntinho novo, estou de volta.
Estou sempre envolvida em alguma tarefa mais ou menos importante e há dias que não consigo o tempo necessário para me sentar aqui e prosear (cara, essa me entregou geral), como diziam os mais vel... er, mais usados, digamos assim. O fato é que, assim como pra ler, condição básica pra mim, para escrever, é ambiente silencioso, nenhuma pressa, nenhuma interrupção e disposição sobretudo, ainda que seja dificílimo eu não estar sempre super a fim de dividir, compartilhar, trocar. Então.
Esses úlitmos tempos estão sendo também ocupados pelas minhas aulas no Senac e muita faxina de organização aqui em casa e em mim, coisa que só agora, passados 502 dias do acontecimento que me tirou os pés do chão e muito da minha capacidade de disciplinar e planejar mente e vida, acho estou sendo capaz de realizar com certa competência.
Quinta passada uma gripe perdida me achou direitinho e me colocou na horizontal; não havia condição de permanecer de pé, por isso dormi, dormi, dormi e, quer saber?, foi bom, foi bom, foi bom. Sábado à tardinha tomei um remédio indicado por uma prima querida, não médica, mas muito minha mãezinha. Como oração de mãe e votos sinceros para que eu melhorasse logo, sei não... a medicação caiu pra dentro e como num passe de mágica ou bruxaria, em 40 minutos eu já estava livre daquele torpor e de todos os sintomas que me levaram à ele. Santa prima, santa energia, santa indicação!
Domingo cedo e já lá estava eu no supermercado, leve e faceira, mas ainda sem entender muito bem o prestíssimo retorno do meu bom estado de espírito. Também... entender pra quê?
Já ontem passei boa parte do dia aprendendo com minha cunhada e também assessora para assuntos internéticos, como gravar em dvd os filminhos gravados em minha super, mega mini filmadora. Entre cafezinho, troca de figurinhas e babação na minha amadinha que veio junto, ufa, concluímos nosso projeto! Agora era me preparar para a 2ª parte do dia, que na verdade se deu à noite: hora marcada no JJ para uma cirurgia de implante, mais uma. Voltei bem, de carona com o marido que foi me buscar, apenas um tanto grogue, boca empenada e metade do rosto fofão. Medicamentos, compressas, repouso.
Então essa semana estou de férias forçadas das pedaladas e do pilates e, tomara eu consiga, preciso falar menos. Comidinha de bebê e suspensão dos exercícos e maiores travessuras tudo bem, mas... falar pouco? Euzinha?
A morte me parece mais suave...
Estou sempre envolvida em alguma tarefa mais ou menos importante e há dias que não consigo o tempo necessário para me sentar aqui e prosear (cara, essa me entregou geral), como diziam os mais vel... er, mais usados, digamos assim. O fato é que, assim como pra ler, condição básica pra mim, para escrever, é ambiente silencioso, nenhuma pressa, nenhuma interrupção e disposição sobretudo, ainda que seja dificílimo eu não estar sempre super a fim de dividir, compartilhar, trocar. Então.
Esses úlitmos tempos estão sendo também ocupados pelas minhas aulas no Senac e muita faxina de organização aqui em casa e em mim, coisa que só agora, passados 502 dias do acontecimento que me tirou os pés do chão e muito da minha capacidade de disciplinar e planejar mente e vida, acho estou sendo capaz de realizar com certa competência.
Quinta passada uma gripe perdida me achou direitinho e me colocou na horizontal; não havia condição de permanecer de pé, por isso dormi, dormi, dormi e, quer saber?, foi bom, foi bom, foi bom. Sábado à tardinha tomei um remédio indicado por uma prima querida, não médica, mas muito minha mãezinha. Como oração de mãe e votos sinceros para que eu melhorasse logo, sei não... a medicação caiu pra dentro e como num passe de mágica ou bruxaria, em 40 minutos eu já estava livre daquele torpor e de todos os sintomas que me levaram à ele. Santa prima, santa energia, santa indicação!
Domingo cedo e já lá estava eu no supermercado, leve e faceira, mas ainda sem entender muito bem o prestíssimo retorno do meu bom estado de espírito. Também... entender pra quê?
Já ontem passei boa parte do dia aprendendo com minha cunhada e também assessora para assuntos internéticos, como gravar em dvd os filminhos gravados em minha super, mega mini filmadora. Entre cafezinho, troca de figurinhas e babação na minha amadinha que veio junto, ufa, concluímos nosso projeto! Agora era me preparar para a 2ª parte do dia, que na verdade se deu à noite: hora marcada no JJ para uma cirurgia de implante, mais uma. Voltei bem, de carona com o marido que foi me buscar, apenas um tanto grogue, boca empenada e metade do rosto fofão. Medicamentos, compressas, repouso.
Então essa semana estou de férias forçadas das pedaladas e do pilates e, tomara eu consiga, preciso falar menos. Comidinha de bebê e suspensão dos exercícos e maiores travessuras tudo bem, mas... falar pouco? Euzinha?
A morte me parece mais suave...
sábado, 7 de maio de 2011
Todas as mães
Amanhã é dia das mães.
Dia das mães deveria ser todo dia porque não há no planeta ser mais interessante e complexo e mais lindo. Mas a gente aceita um dia só pra comemorar, tudo bem. Não se pode querer tudo mesmo.
Meus últimos dias foram bem corridos, por isso ando um tanto sumida daqui, mas hoje passei só pra deixar um grande beijo pra todas as mães que, como eu, choram, se emocionam, brigam, perdoam, cobram, entendem, se preocupam, se magoam, às vêzes se deixam de ladinho, muitas vêzes se enxergam no filho, se deixam convencer, se deixam levar, se culpam, se arrependem, se criticam, se exigem, se sentem perdidas, donas da razão, às vêzes não, mães que sofrem, mães carentes, orgulhosas, babonas, bobonas, mandonas, maneiras, modernas, maluquinhas, antiquadas, tradicionais, mães de todos os feitios e jeitos, mas que AMAM, AMAM MUITO e mais que ninguém suas crias, e por elas são capazes das maiores loucuras.
Fica aqui um recadinho pra minha mãe, que já me deixou, mas que eu tenho certeza me acompanha em cada passo lá do alto, e me ilumina e abençoa todos os dias: como você me faz falta!!
Dia das mães deveria ser todo dia porque não há no planeta ser mais interessante e complexo e mais lindo. Mas a gente aceita um dia só pra comemorar, tudo bem. Não se pode querer tudo mesmo.
Meus últimos dias foram bem corridos, por isso ando um tanto sumida daqui, mas hoje passei só pra deixar um grande beijo pra todas as mães que, como eu, choram, se emocionam, brigam, perdoam, cobram, entendem, se preocupam, se magoam, às vêzes se deixam de ladinho, muitas vêzes se enxergam no filho, se deixam convencer, se deixam levar, se culpam, se arrependem, se criticam, se exigem, se sentem perdidas, donas da razão, às vêzes não, mães que sofrem, mães carentes, orgulhosas, babonas, bobonas, mandonas, maneiras, modernas, maluquinhas, antiquadas, tradicionais, mães de todos os feitios e jeitos, mas que AMAM, AMAM MUITO e mais que ninguém suas crias, e por elas são capazes das maiores loucuras.
Fica aqui um recadinho pra minha mãe, que já me deixou, mas que eu tenho certeza me acompanha em cada passo lá do alto, e me ilumina e abençoa todos os dias: como você me faz falta!!
terça-feira, 3 de maio de 2011
Fio terra.
Eu já sabia.
Fui, e voltei mais feliz, melhor, plena. Valeu cada minuto, cada abraço, cada palavra, cada gesto de carinho, cada risada. Ouvi alegria e tristeza e dificuldade, mas a vida é assim mesmo, e cá estamos todos para viver e superar cada fase que está guardada e que ninguém mais pode passar por nós.
Mas um abraço, um ombro, uma presença é que fazem toda a diferença. Um fio que liga, um sangue que corre na veia, um berço, uma raiz bem plantada. E estamos firmes pra encarar seja o que for. Pra pular fogueiras e apagar incêndios, certos de que mãos amigas nos esperam do outro lado.
Como sempre e agora mais do que nunca, eu voltei assim, tranquila, e tendo mais uma vez absolutamente confirmado tudo o que eu já sentia e sabia. Bom demais. Já penso em quando estarei lá novamente, já a vontade de voltar...
Feliz é quem tem!
Fui, e voltei mais feliz, melhor, plena. Valeu cada minuto, cada abraço, cada palavra, cada gesto de carinho, cada risada. Ouvi alegria e tristeza e dificuldade, mas a vida é assim mesmo, e cá estamos todos para viver e superar cada fase que está guardada e que ninguém mais pode passar por nós.
Mas um abraço, um ombro, uma presença é que fazem toda a diferença. Um fio que liga, um sangue que corre na veia, um berço, uma raiz bem plantada. E estamos firmes pra encarar seja o que for. Pra pular fogueiras e apagar incêndios, certos de que mãos amigas nos esperam do outro lado.
Como sempre e agora mais do que nunca, eu voltei assim, tranquila, e tendo mais uma vez absolutamente confirmado tudo o que eu já sentia e sabia. Bom demais. Já penso em quando estarei lá novamente, já a vontade de voltar...
Feliz é quem tem!
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Atenção: mamãe na tomada...
Família, calma!
Nada de pânico, fui ali e já volto. Estou plugada, carregando.
Fui pegar um colinho, preencher buraquinhos, descarregar tensões. Um intervalo só pra mim.
Estarei fora da área de cobertura, mas se gritarem eu vou ouvir. Tentem não deixar a casa com aparência de depois da passagem do tornado. Fechem, por favor, as janelas e os ralos; não quero surpresas na volta. Tem comida na geladeira, por favor, guardem de volta se sobrar. De resto... se virem.
Preciso desse tempinho.
Lá me envolvo, estou em casa, muito abraço, e paparicos, dou risadas, relaxo o corpo e a mente. Santo remédio, meu bálsamo quando o sapato aperta e o calo dói. Feliz é quem tem um refúgio como esse. Lá eu sou muito feliz. Como criança na hora do recreio. Então eu corro, pulo, canto e brinco, respiro fundo e suspiro muita alegria.
Meus amores, queridos, queridas.
Como é bom mergulhar naquela onda e me refrescar com tanta PRESENÇA, me misturar, me envolver.
Então eu fui, tá? Volto logo e muito melhor. Sempre vale a pena.
Enquanto isso, cuidem-se.
Ah, e sintam saudades, por favor!!!
Nada de pânico, fui ali e já volto. Estou plugada, carregando.
Fui pegar um colinho, preencher buraquinhos, descarregar tensões. Um intervalo só pra mim.
Estarei fora da área de cobertura, mas se gritarem eu vou ouvir. Tentem não deixar a casa com aparência de depois da passagem do tornado. Fechem, por favor, as janelas e os ralos; não quero surpresas na volta. Tem comida na geladeira, por favor, guardem de volta se sobrar. De resto... se virem.
Preciso desse tempinho.
Lá me envolvo, estou em casa, muito abraço, e paparicos, dou risadas, relaxo o corpo e a mente. Santo remédio, meu bálsamo quando o sapato aperta e o calo dói. Feliz é quem tem um refúgio como esse. Lá eu sou muito feliz. Como criança na hora do recreio. Então eu corro, pulo, canto e brinco, respiro fundo e suspiro muita alegria.
Meus amores, queridos, queridas.
Como é bom mergulhar naquela onda e me refrescar com tanta PRESENÇA, me misturar, me envolver.
Então eu fui, tá? Volto logo e muito melhor. Sempre vale a pena.
Enquanto isso, cuidem-se.
Ah, e sintam saudades, por favor!!!
sábado, 23 de abril de 2011
Quem me dera...
Eu ia chegando com minha bicicleta, depois da pedalada do dia, e ele descendo de um táxi bem em frente ao portão de entrada do prédio. Tive que me esgueirar um pouco para passar com a magrela sem arranhar o carro. Empurrei o portão, posicionei a bike pra dentro, tirei um dos fones do ouvido e perguntei:
_Vai entrar? Ele fez que sim com a cabeça.
Fiquei observando as flores que ele trazia na mão esquerda e trêmula, e seu andar muito lento e inseguro. Na mão direita, uma bengala servia de apoio. Tive medo que ele caísse. Pensei largar a bicicleta e ajudá-lo, mas ao invés disso, continuei segurando o portão e abri passagem pra ele. Ele agradeceu, parou ao meu lado e disse:
_ Feliz Páscoa!...(pensou um pouco...) 30 anos?
_ Ah, senhor...quem me deeeera!- respondi sorrindo.
_ Quantos então? (depois de uns segundos tentando arriscar outro palpite)
_ 53! (eu, entre agradecida, orgulhosa ou não, sei lá...)
_ Hum... e eu? - perguntou ele.
_ Ehh...... 70?
_ Quem me deeeeeera!! 98!!! 98 anos!!!
_ Mas que beleza !!!! (eu disse sinceramente e fiz cara de quem não acreditava MESMO)
_ Fui criado numa fazenda em São Paulo, bebi muito leite de vaca...
_ E teve com certeza uma infância muito feliz... O senhor está ótimo (apesar do tremor e do andar bem claudicante, o rosto não mostrava 98 anos de rugas!!!)!! Quer ajuda?
_ Não, obrigado. Mais uma vez, Feliz Páscoa!
_ O mesmo para o senhor, felicidades!
E me dirigi à entrada de serviço, enquanto ele subia os degraus da portaria e eu me perguntava se ele ia conseguir, será que o porteiro vai ajudar? Subi a rampa preocupada mas quando passei pelo elevador ele já havia adentrado com suas flores e eu fiquei imaginando para quem seriam. Bonitinho.
Debaixo do chuveiro fiquei pensando em como as coisas são relativas. Quem me dera os 30, quem dera à ele os 70! Cada qual sonhando com o que já passou e querendo ter de volta o que já viveu. Cada qual com o seu cada um. Queria ter subido com ele e oferecido um café, um licor. Ali tinha muita história, histórias que aposto ele gostaria de me contar. Histórias que eu queria ouvir. Ultimamente, alguns velhos têm me dito mais do que pensam dizer.
Quem me dera!...
_Vai entrar? Ele fez que sim com a cabeça.
Fiquei observando as flores que ele trazia na mão esquerda e trêmula, e seu andar muito lento e inseguro. Na mão direita, uma bengala servia de apoio. Tive medo que ele caísse. Pensei largar a bicicleta e ajudá-lo, mas ao invés disso, continuei segurando o portão e abri passagem pra ele. Ele agradeceu, parou ao meu lado e disse:
_ Feliz Páscoa!...(pensou um pouco...) 30 anos?
_ Ah, senhor...quem me deeeera!- respondi sorrindo.
_ Quantos então? (depois de uns segundos tentando arriscar outro palpite)
_ 53! (eu, entre agradecida, orgulhosa ou não, sei lá...)
_ Hum... e eu? - perguntou ele.
_ Ehh...... 70?
_ Quem me deeeeeera!! 98!!! 98 anos!!!
_ Mas que beleza !!!! (eu disse sinceramente e fiz cara de quem não acreditava MESMO)
_ Fui criado numa fazenda em São Paulo, bebi muito leite de vaca...
_ E teve com certeza uma infância muito feliz... O senhor está ótimo (apesar do tremor e do andar bem claudicante, o rosto não mostrava 98 anos de rugas!!!)!! Quer ajuda?
_ Não, obrigado. Mais uma vez, Feliz Páscoa!
_ O mesmo para o senhor, felicidades!
E me dirigi à entrada de serviço, enquanto ele subia os degraus da portaria e eu me perguntava se ele ia conseguir, será que o porteiro vai ajudar? Subi a rampa preocupada mas quando passei pelo elevador ele já havia adentrado com suas flores e eu fiquei imaginando para quem seriam. Bonitinho.
Debaixo do chuveiro fiquei pensando em como as coisas são relativas. Quem me dera os 30, quem dera à ele os 70! Cada qual sonhando com o que já passou e querendo ter de volta o que já viveu. Cada qual com o seu cada um. Queria ter subido com ele e oferecido um café, um licor. Ali tinha muita história, histórias que aposto ele gostaria de me contar. Histórias que eu queria ouvir. Ultimamente, alguns velhos têm me dito mais do que pensam dizer.
Quem me dera!...
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Mais uma dose!
Ah, quer saber? Tomei um drink! Plena segundona, finzinho de dia, eu mereço.
Relaxei. Eu, meus braços, minhas pernas. Apenas um drink, com muito gelo. Manhã tensa na internet correndo atrás de ingressos para o show do Paul antes que se esgotassem, conseguiii, eu vouuu!!!, muitos telefonemas corridos para destrinchar pendências e abacaxis, "dona Carla, é quê pro almoço?", ajuda ao filho com o celular novo que finalmente foi entregue, e... supermercado, oba!... Hooooras naqueles corredores coloridos, apetitosos e irresistíveis, buraco novo no cartão de crédito, pernas doloridas, braços doídos, e põe sacola, e tira sacola, e separa, organiza, guarda, pronto, que calor!, preciso parar, estou a-ca-ba-da! Daí o drink, eu merecia.
Eu gosto de supermercado. Adoro viver a ilusão de poder colocar o que me dá vontade naquele carrinho e, no caixa, sair deletando ítens e mais ítens, nossa, como vieram parar aqui? para aquela cestinha que fica bem do lado, a cestinha da desistência, você também conhece? Então. O eterno exercício do QUERO mas NÃO DEVO. É ruim, mas é bom.
Em dias de muito juízo até consigo pegar apenas o que estou precisando para aquele momento. Er..., bem, quase. Hoje extrapolei um tantin, pôxa, feriado prolongado de páscoa (nossa, estou atrasada com os ovos), precisamos estar abastecidos, vai que aconteça uma calamidade qualquer na cidade (no mínimo, um bueiro pode explodir!), o caos se instale e o povo fique à deriva alimentar!
Então, porque gastei mais do que devia, porque fiquei de pé mais tempo do que aguento, porque carreguei peso sem poder, porque organizei tudo sozinha depois do horário de saída da santa ajudante, porque estou cansada, continuo carente e com muito calor e (você tem tempo?) blá-blá-blá-blá-blá, é que tomei um drink. Com muito gelo.
Agora o bloco da fome começa a chegar, as fisionomias já dizem a que vêm e eu sinto chegada a hora de encarar meu terceiro turno, não sem a MENOR vontade de arrastar os pés desse lugar. Outro drink então? Com muito gelo!
Afinal, eu não mereço?
Relaxei. Eu, meus braços, minhas pernas. Apenas um drink, com muito gelo. Manhã tensa na internet correndo atrás de ingressos para o show do Paul antes que se esgotassem, conseguiii, eu vouuu!!!, muitos telefonemas corridos para destrinchar pendências e abacaxis, "dona Carla, é quê pro almoço?", ajuda ao filho com o celular novo que finalmente foi entregue, e... supermercado, oba!... Hooooras naqueles corredores coloridos, apetitosos e irresistíveis, buraco novo no cartão de crédito, pernas doloridas, braços doídos, e põe sacola, e tira sacola, e separa, organiza, guarda, pronto, que calor!, preciso parar, estou a-ca-ba-da! Daí o drink, eu merecia.
Eu gosto de supermercado. Adoro viver a ilusão de poder colocar o que me dá vontade naquele carrinho e, no caixa, sair deletando ítens e mais ítens, nossa, como vieram parar aqui? para aquela cestinha que fica bem do lado, a cestinha da desistência, você também conhece? Então. O eterno exercício do QUERO mas NÃO DEVO. É ruim, mas é bom.
Em dias de muito juízo até consigo pegar apenas o que estou precisando para aquele momento. Er..., bem, quase. Hoje extrapolei um tantin, pôxa, feriado prolongado de páscoa (nossa, estou atrasada com os ovos), precisamos estar abastecidos, vai que aconteça uma calamidade qualquer na cidade (no mínimo, um bueiro pode explodir!), o caos se instale e o povo fique à deriva alimentar!
Então, porque gastei mais do que devia, porque fiquei de pé mais tempo do que aguento, porque carreguei peso sem poder, porque organizei tudo sozinha depois do horário de saída da santa ajudante, porque estou cansada, continuo carente e com muito calor e (você tem tempo?) blá-blá-blá-blá-blá, é que tomei um drink. Com muito gelo.
Agora o bloco da fome começa a chegar, as fisionomias já dizem a que vêm e eu sinto chegada a hora de encarar meu terceiro turno, não sem a MENOR vontade de arrastar os pés desse lugar. Outro drink então? Com muito gelo!
Afinal, eu não mereço?
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Palavrão. Você fala?
Se sim, ótimo. Se não, deveria começar já.
Não que eu nunca tenha falado, mas vou contar que agora, nos últimos tempos, eles têm sido uma verdadeira catarse nos meus momentos de tensão, aborrecimento, e quer saber? até de excitação. Coisa booooooa!!!! Caraca, como aliviam a alma! Eu recomendo. Tenho usado muitos e muito, mas calma que eu não saio por aí na baixaria arrastando tamanco nem espalhando geral dentro da minha casa, até porque tenho filhos adolescentes, o estoque deles é muito maior que o meu e eu não ouso ensinar mais nenhum. Meu modo de usar é íntimo, comigo mesma, muito em pensamento, muito quando sozinha e entre dentes ou entre paredes, mas uso SIM. Vai encarar?
Numa topada, fala sério: aquela em que o dedo mindinho do pé entra COM VONTADE no pé da mesa ou da cama. %*&**## !!!!!!!! Dentro do carro, ao volante, quando o fulano de trás buzina paranóicamente enquanto vc procura uma vaga! Ou quando você acaba de conseguir uma, vem um sonsinho e entra nela fingindo que não te vê? Nessas ocasiões uso os meus melhores. Chego a trincar os dentes para saborear cada sílaba e para que ele não faça leitura labial e venha pra cima (apesar de errado), afinal detesto violência no trânsito, tô fora.
Quando a conexão cai ou a internet fica lenta. Quando alguém te rouba o último camarão do prato, que você estava deixando pro final. Quando só dá ocupado o telefone que você está chamando, ou o celular só dá caixa postal. Quando vc percebe que o papel higiênico acabou só depois de concluir o trabalho e você não está na sua casaaaaa!!!!!!
Vale soltar um daqueles bem fortes, grandes e cabeludos a cada situação merecida. Eu apoio. Exorciza, libera, desabafa. Sem falso pudor, olhe pros lados, veja se não tem ninguém por perto e experimente.
Solte suas amarras, largue as correntes, deixe a franga correr solta. E dê risada depois.
O problema não vai deixar de existir por causa disso, mas que vai parecer muito mais ameno e fácil de enfrentar, isso vai! Vamos lá?
Não que eu nunca tenha falado, mas vou contar que agora, nos últimos tempos, eles têm sido uma verdadeira catarse nos meus momentos de tensão, aborrecimento, e quer saber? até de excitação. Coisa booooooa!!!! Caraca, como aliviam a alma! Eu recomendo. Tenho usado muitos e muito, mas calma que eu não saio por aí na baixaria arrastando tamanco nem espalhando geral dentro da minha casa, até porque tenho filhos adolescentes, o estoque deles é muito maior que o meu e eu não ouso ensinar mais nenhum. Meu modo de usar é íntimo, comigo mesma, muito em pensamento, muito quando sozinha e entre dentes ou entre paredes, mas uso SIM. Vai encarar?
Numa topada, fala sério: aquela em que o dedo mindinho do pé entra COM VONTADE no pé da mesa ou da cama. %*&**## !!!!!!!! Dentro do carro, ao volante, quando o fulano de trás buzina paranóicamente enquanto vc procura uma vaga! Ou quando você acaba de conseguir uma, vem um sonsinho e entra nela fingindo que não te vê? Nessas ocasiões uso os meus melhores. Chego a trincar os dentes para saborear cada sílaba e para que ele não faça leitura labial e venha pra cima (apesar de errado), afinal detesto violência no trânsito, tô fora.
Quando a conexão cai ou a internet fica lenta. Quando alguém te rouba o último camarão do prato, que você estava deixando pro final. Quando só dá ocupado o telefone que você está chamando, ou o celular só dá caixa postal. Quando vc percebe que o papel higiênico acabou só depois de concluir o trabalho e você não está na sua casaaaaa!!!!!!
Vale soltar um daqueles bem fortes, grandes e cabeludos a cada situação merecida. Eu apoio. Exorciza, libera, desabafa. Sem falso pudor, olhe pros lados, veja se não tem ninguém por perto e experimente.
Solte suas amarras, largue as correntes, deixe a franga correr solta. E dê risada depois.
O problema não vai deixar de existir por causa disso, mas que vai parecer muito mais ameno e fácil de enfrentar, isso vai! Vamos lá?
terça-feira, 12 de abril de 2011
Caramba, quem diria?
Hoje volto pra uma sala de aula.
Sensação estranha, mas que está me animando e mexendo comigo, e era isso mesmo que eu precisava. Vou fazer um curso, ocupar a cabeça com coisas fora da minha rotina, conhecer gente, falar, contar, ouvir histórias, estudar, meu Deus, me con-cen-trar!, vai ser possível ? Um desafio! Justo eu, que pra conseguir ler um bom livro e saber o que li no final, preciso de toda uma produção: luz certa, muito silêncio e cuidado com a coluna, minha filha! Vai ser no mínimo divertido, mas com isso espero de alguma forma novamente poder me misturar ao mercado de trabalho e tentar defender algum, que a vida tá muito cara e conseguir emprego depois que se cinquenta não é tarefa das mais tranquilas. Organização de eventos. Um tanto insegura, pedi opinião ao Sr.Google para me decidir ou não sobre ir em frente no projeto; disse-me ele que o mercado de trabalho é extenso, hoje em dia neguinho fazendo baile de debutante até pra cachorrada..., olha, a lista de possibilidades era tão grande que eu disse: _ tá bom, tá bom, já deu pra mim! e aí resolvi não pensar muito e chutar a bola pra ver qual o resultado desse jogo.
De alguns ouvi que tenho o perfil certo pra esse tipo de ocupação: bom gosto, sociabilidade, simpatia, elegância, dinamismo, blá, blá, blá. Sei lá se é verdade, mas agradeço mesmo assim aos que me dão essa força. Ah, e conto com vocês para pequenos projetos familiares, indicações e divulgação. Nossa, já terminei o curso e ainda nem tive a primeira aula!
Mais tarde vou me preparar para tanto; caneta, um bloco de anotações (caderno seria melhor?), interesse,alegria e disposição. Terças e quintas, das 18 às 22h, por 6 mêses, vou "matar" a família; não para ir ao cinema, mas para traçar um novo roteiro na minha vida e torcer para conseguir um boa história!!
Sensação estranha, mas que está me animando e mexendo comigo, e era isso mesmo que eu precisava. Vou fazer um curso, ocupar a cabeça com coisas fora da minha rotina, conhecer gente, falar, contar, ouvir histórias, estudar, meu Deus, me con-cen-trar!, vai ser possível ? Um desafio! Justo eu, que pra conseguir ler um bom livro e saber o que li no final, preciso de toda uma produção: luz certa, muito silêncio e cuidado com a coluna, minha filha! Vai ser no mínimo divertido, mas com isso espero de alguma forma novamente poder me misturar ao mercado de trabalho e tentar defender algum, que a vida tá muito cara e conseguir emprego depois que se cinquenta não é tarefa das mais tranquilas. Organização de eventos. Um tanto insegura, pedi opinião ao Sr.Google para me decidir ou não sobre ir em frente no projeto; disse-me ele que o mercado de trabalho é extenso, hoje em dia neguinho fazendo baile de debutante até pra cachorrada..., olha, a lista de possibilidades era tão grande que eu disse: _ tá bom, tá bom, já deu pra mim! e aí resolvi não pensar muito e chutar a bola pra ver qual o resultado desse jogo.
De alguns ouvi que tenho o perfil certo pra esse tipo de ocupação: bom gosto, sociabilidade, simpatia, elegância, dinamismo, blá, blá, blá. Sei lá se é verdade, mas agradeço mesmo assim aos que me dão essa força. Ah, e conto com vocês para pequenos projetos familiares, indicações e divulgação. Nossa, já terminei o curso e ainda nem tive a primeira aula!
Mais tarde vou me preparar para tanto; caneta, um bloco de anotações (caderno seria melhor?), interesse,alegria e disposição. Terças e quintas, das 18 às 22h, por 6 mêses, vou "matar" a família; não para ir ao cinema, mas para traçar um novo roteiro na minha vida e torcer para conseguir um boa história!!
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Festa no céu
Hoje tem festa no andar de cima.
Um casal especial pra mim está comemorando 61 anos de casamento; os convidados, gente muito boa que, como eles, já subiu.
Eu daqui torço para que esse encontro esteja sendo de muita paz e luz , e que pelo menos um pouquinho dessa luz possa se refletir aqui pra baixo, permitindo assim que eu também me junte à eles nessa vibração e faça parte dessa festa.
Um casal especial pra mim está comemorando 61 anos de casamento; os convidados, gente muito boa que, como eles, já subiu.
Eu daqui torço para que esse encontro esteja sendo de muita paz e luz , e que pelo menos um pouquinho dessa luz possa se refletir aqui pra baixo, permitindo assim que eu também me junte à eles nessa vibração e faça parte dessa festa.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Amanhã de manhã ...
Digam, por favor, que sentiram saudades. Preciso ouvir, tô carente. Tenho estado tão carente, mas tão carente, que praticamente já posso, quando preencher um formulário, tascar um CARENTE onde pedem o meu estado civil. Caraca. Será que isso é sério? Você que também já cinquenta, se sente assim como eu?
Ai, os cinquenta... trazem tantas novidades! Mais sensibilidade (daí a carência?), mais vulnerabilidade, um cansaaaaaço, às vêzes um tééééédio..., um calooooor, questionamentos, reflexões, ...ah!, e dores, muitas dores no corpo!!!!
Há momentos em que estou ótima, normalmente durante o dia. Sair da cama requer todo um preparo antes de deixar o colchão. Alonga, compensa, respira, estica, pensa positivo, mentaliza, alonga mais, pode gemer, pensa nas tarefas do dia, ui que desânimo, nã nã ni nã não, nada disso, positivo, vai, respira fundo, mais uma alongaaaada.... pronto, agora pula daí (e sai de ladinho), depois do café melhora muito! E aí o dia vai bem, feliz e leve (ahãm), eu daqui pra lá, de lá pra cá, pedalo, faço compras, bato coxinha, é pilates, hora no dentista, internet, acupuntura, consultas médicas, amigas, administração da casa, adolescentes em fúria, empregada, cardápio, roupa suja, conta pra pagar, pra conferir, pra contestar,ufa. E então chega à noite e toda aquela bateria que eu carreguei lá ainda em cima do colchão parece ir se esvaindo lenta e totalmente à partir do Jornal Nacional. Daí pra fente a vontade é só de horizontal; parece que a força da gravidade está nesse momento toda concentrada nos meus sofás e cama me puxando como grandes imãs e aí não tenho outro jeito senão obedecer ao corpitcho e fazer o que ele pede. Afinal, eu tô carente. Além disso, tudo vai me parecer muito melhor depois do café da manhã de amanhã...
Ai, os cinquenta... trazem tantas novidades! Mais sensibilidade (daí a carência?), mais vulnerabilidade, um cansaaaaaço, às vêzes um tééééédio..., um calooooor, questionamentos, reflexões, ...ah!, e dores, muitas dores no corpo!!!!
Há momentos em que estou ótima, normalmente durante o dia. Sair da cama requer todo um preparo antes de deixar o colchão. Alonga, compensa, respira, estica, pensa positivo, mentaliza, alonga mais, pode gemer, pensa nas tarefas do dia, ui que desânimo, nã nã ni nã não, nada disso, positivo, vai, respira fundo, mais uma alongaaaada.... pronto, agora pula daí (e sai de ladinho), depois do café melhora muito! E aí o dia vai bem, feliz e leve (ahãm), eu daqui pra lá, de lá pra cá, pedalo, faço compras, bato coxinha, é pilates, hora no dentista, internet, acupuntura, consultas médicas, amigas, administração da casa, adolescentes em fúria, empregada, cardápio, roupa suja, conta pra pagar, pra conferir, pra contestar,ufa. E então chega à noite e toda aquela bateria que eu carreguei lá ainda em cima do colchão parece ir se esvaindo lenta e totalmente à partir do Jornal Nacional. Daí pra fente a vontade é só de horizontal; parece que a força da gravidade está nesse momento toda concentrada nos meus sofás e cama me puxando como grandes imãs e aí não tenho outro jeito senão obedecer ao corpitcho e fazer o que ele pede. Afinal, eu tô carente. Além disso, tudo vai me parecer muito melhor depois do café da manhã de amanhã...
domingo, 3 de abril de 2011
Como assim, Sabrina????
Meu domingo já começou divertido. Já falei que não preciso de muito para dar boas risadas e nem de terceiros, uma vez que eu mesma acabo "inventando" uma boa história ou pagando um grande mico, como aconteceu hoje.
Depois de tomar o café da manhã resolvi ligar pra minha prima para parabenizá-la pelo aniversário do filhote que na verdade tinha sido ontem. Já comecei errada daí, porque hoje é 3 de abril e eu contando como fosse 2. Mas isso não era nada perto do fato de conversar com ela por mais de 5 minutos, perguntar da vida, cobrar notícias, falar palavrão inclusive, e descobrir que ela não era ela, putz! Como assim? Simples: a voz parecida, risada muito igual, uma fungada típica da alergia que lhe é peculiar...e lá fomos nós levando a conversa, se bem que ela não me reconhecendo e eu já percebendo um tom mais abaixo ou acima no timbre daquela voz.
Até que, por um detalhe na narrativa DELA, minha ficha caiu fazendo um barulhinho que me "acordou":
_ "espera... com quem eu estou falando...?" (perguntei)
_ "com a Sabrina..., e eu, com quem?"
Daí pra frente, devidamente apresentadas e já tendo me desculpado do enorme gorila que eu paguei, acabamos por nos divertir com o ocorrido e a tal Sabrina era pra lá de simpática o que, vamos esclarecer, acabou me levando mais longe do que eu deveria ter ido (pô, Sabrinaaaa!!)
O fato é que agora eu já sei o telefone dela e, como não acredito que as coisas aconteçam por acaso, penso em telefonar novamente hora dessas para bater um papinho e saber mais sobre ela. Quem sabe não temos alguma coisa à acrescentar uma na vida da outra?
Sabrina, foi bom conversar com você, ainda que não fosse a minha intenção e muito menos a sua.
Repara não... eu até poderia me explicar e atribuir tudo isso a mais um episódio de "cinquentar é isso aí", mas a verdade é que não foi a primeira vez e tenho certeza não terá sido a última, ainda bem, porque acabei me divertindo e começando muito bem meu domingão.
E aí, foi bom pra você também?
Depois de tomar o café da manhã resolvi ligar pra minha prima para parabenizá-la pelo aniversário do filhote que na verdade tinha sido ontem. Já comecei errada daí, porque hoje é 3 de abril e eu contando como fosse 2. Mas isso não era nada perto do fato de conversar com ela por mais de 5 minutos, perguntar da vida, cobrar notícias, falar palavrão inclusive, e descobrir que ela não era ela, putz! Como assim? Simples: a voz parecida, risada muito igual, uma fungada típica da alergia que lhe é peculiar...e lá fomos nós levando a conversa, se bem que ela não me reconhecendo e eu já percebendo um tom mais abaixo ou acima no timbre daquela voz.
Até que, por um detalhe na narrativa DELA, minha ficha caiu fazendo um barulhinho que me "acordou":
_ "espera... com quem eu estou falando...?" (perguntei)
_ "com a Sabrina..., e eu, com quem?"
Daí pra frente, devidamente apresentadas e já tendo me desculpado do enorme gorila que eu paguei, acabamos por nos divertir com o ocorrido e a tal Sabrina era pra lá de simpática o que, vamos esclarecer, acabou me levando mais longe do que eu deveria ter ido (pô, Sabrinaaaa!!)
O fato é que agora eu já sei o telefone dela e, como não acredito que as coisas aconteçam por acaso, penso em telefonar novamente hora dessas para bater um papinho e saber mais sobre ela. Quem sabe não temos alguma coisa à acrescentar uma na vida da outra?
Sabrina, foi bom conversar com você, ainda que não fosse a minha intenção e muito menos a sua.
Repara não... eu até poderia me explicar e atribuir tudo isso a mais um episódio de "cinquentar é isso aí", mas a verdade é que não foi a primeira vez e tenho certeza não terá sido a última, ainda bem, porque acabei me divertindo e começando muito bem meu domingão.
E aí, foi bom pra você também?
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Felicidade é só questão de ser...
Nas minhas pedaladas habituais e diárias no chão do Aterro, sempre vou acompanhanda de muita música. Elas me dão gás, disposição e fazem a paisagem ficar ainda mais encantadora. Algumas músicas têm a capacidade de fazer minha alma levitar, me enchendo de uma alegria que nem consigo explicar muito bem. Essa semana ouvi uma muito especial que, além de uma melodia deliciosa, quase lúdica, traz um recado no qual vale a pena a gente refletir. Divido com vocês a letra e os convido a pensar sobre o que ela tem a nos lembrar. Chama-se Felicidade, e é de Marcelo Jeneci e Chico César. Saboreiem!
Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz.
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias hão pra nunca mais.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem...
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias hão pra nunca mais.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem...
quinta-feira, 31 de março de 2011
Tia é a irmã do seu pai!
Tem coisas que já começam a acontecer na metade dos trinta, tomam impulso nos quarenta e se fortalecem e se imprimem quando a gente cinquenta. Confesso minha risadinha íntima e sarcástica por poder dividir esses incômodos com gente que ainda conta vantagem mas nem imagina como vai ficar daqui a 15, 20 anos. Rá rá, rá! Eu também não podia imaginar. Nem.
Me incomoda um pouco ser chamada de senhora. Não sei se incomodar é bem o termo, mas machuca. Traz a gente pro pé-no-chão sem dó nem piedade e nós lá, pensando estar abafando. Tá certo que já sou uma senhora (ai, isso dói), querendo ou não, gostando ou não, mas e daí? As coisas que enxergo no espelho não têm nada a ver com as que sinto por dentro, nada a ver. Uma contradição chaaaata demais. Mas e daí de novo? Não posso sair dando porrada em cada um que ousa me chamar asim. Aliás, em muitos casos entendo e aprovo, mas continuo não gostando. Sei que às há casos de educação e treinamento (atendentes em lojas e bancos), no cumprimento da lei (policiais e afins) e até de receio de se estar sendo íntimo demais. Meus queridos, viva a intimidade!!!!!!! Eu não ligo, juropurdeussss!!!
Mamãe nunca gostou que a chamassem de senhora, nem no alto dos seus oitentando, imagina, ela sempre em cima do salto, lindona, sacudida, jovem pra qualquer idade! Mamãe, tô contigo. Aliás, eu a chamava de você, e meu amor e admiração por ela não eram menores por causa desse tratamento. Assim como as variações que inventam para o meu nome, acho que o VOCÊ aproxima, aperta os laços. Mas tem uma coisinha que ainda é um pouquinho mais desagradável do que ter que atender aos senhoras da vida...
__ Tia, me dá dinheiro pra um lanche? (ui, isso mata!)
__ Olha aqui, garoto, primeiro: eu prefiro te pagar o lanche a te dar dinheiro, segundo: eu não sou sua tia, combinado?
__ Tudo bem, tia, mas me dá um trocado? (arrrrgfff....)
Ainda quando você olha pra baixo e dá de cara com uma criança...mas e quando vem de um marmanjo barbado, sujo e fedorento? Eu não tenho sobrinho com a sua cara, meu rapaz!!!!!!! Não sou irmã nem do seu pai, nem da sua mãe, nem fui nem nunca serei sua professora de maternalzinho! Fala sério, por que será que DO NADA viramos tios e tias de todos os flanelinhas, pedintes e moradores de rua do mundo? Adoooooro meus sobrinhos, adoooooro ser chama de tia, titia, tia Carrrrrrrla, mas não estou a fim de angariar outros pelas ruas afora. Não sei onde ensinaram pra esse povo esse tratamento, mas ele não agrada, não mesmo. Estou dispensando esse e qualquer outro sinal de falso parentesco, vamos combinar?
Por outro laaaaaado.... adoro ser chamada de tia pelos amigos dos meus filhos e pelos filhos dos meus amigos. Aliás..., ando até pensando que até MEUS FILHOS poderiam me chamar assim... hum, hã, hã... tia tem culpa por falhas na educação dos sobrinhos???
Criaaaaançaaaas! Titia chegou!!!!
Me incomoda um pouco ser chamada de senhora. Não sei se incomodar é bem o termo, mas machuca. Traz a gente pro pé-no-chão sem dó nem piedade e nós lá, pensando estar abafando. Tá certo que já sou uma senhora (ai, isso dói), querendo ou não, gostando ou não, mas e daí? As coisas que enxergo no espelho não têm nada a ver com as que sinto por dentro, nada a ver. Uma contradição chaaaata demais. Mas e daí de novo? Não posso sair dando porrada em cada um que ousa me chamar asim. Aliás, em muitos casos entendo e aprovo, mas continuo não gostando. Sei que às há casos de educação e treinamento (atendentes em lojas e bancos), no cumprimento da lei (policiais e afins) e até de receio de se estar sendo íntimo demais. Meus queridos, viva a intimidade!!!!!!! Eu não ligo, juropurdeussss!!!
Mamãe nunca gostou que a chamassem de senhora, nem no alto dos seus oitentando, imagina, ela sempre em cima do salto, lindona, sacudida, jovem pra qualquer idade! Mamãe, tô contigo. Aliás, eu a chamava de você, e meu amor e admiração por ela não eram menores por causa desse tratamento. Assim como as variações que inventam para o meu nome, acho que o VOCÊ aproxima, aperta os laços. Mas tem uma coisinha que ainda é um pouquinho mais desagradável do que ter que atender aos senhoras da vida...
__ Tia, me dá dinheiro pra um lanche? (ui, isso mata!)
__ Olha aqui, garoto, primeiro: eu prefiro te pagar o lanche a te dar dinheiro, segundo: eu não sou sua tia, combinado?
__ Tudo bem, tia, mas me dá um trocado? (arrrrgfff....)
Ainda quando você olha pra baixo e dá de cara com uma criança...mas e quando vem de um marmanjo barbado, sujo e fedorento? Eu não tenho sobrinho com a sua cara, meu rapaz!!!!!!! Não sou irmã nem do seu pai, nem da sua mãe, nem fui nem nunca serei sua professora de maternalzinho! Fala sério, por que será que DO NADA viramos tios e tias de todos os flanelinhas, pedintes e moradores de rua do mundo? Adoooooro meus sobrinhos, adoooooro ser chama de tia, titia, tia Carrrrrrrla, mas não estou a fim de angariar outros pelas ruas afora. Não sei onde ensinaram pra esse povo esse tratamento, mas ele não agrada, não mesmo. Estou dispensando esse e qualquer outro sinal de falso parentesco, vamos combinar?
Por outro laaaaaado.... adoro ser chamada de tia pelos amigos dos meus filhos e pelos filhos dos meus amigos. Aliás..., ando até pensando que até MEUS FILHOS poderiam me chamar assim... hum, hã, hã... tia tem culpa por falhas na educação dos sobrinhos???
Criaaaaançaaaas! Titia chegou!!!!
terça-feira, 29 de março de 2011
Caraca, apagaram a luz!!!!!
Ouvi muitas vêzes que depois dos 40 a gente começa a enxergar mal. Ainda trintando, era assunto que nem fazia parte dos preferidos. Cresci vendo mãe e pai usando óculos, tias, vizinhas, alguns primos (precocemente), alguns poucos amigos (idem), até um menino por quem eu me interessei lá pelos 13 anos e por quem meu coração bateu forte e em quem eu dei o primeiro beijo, usava um. E dos fortes, dizia-se 'fundo de garrafa'. E ele era feinho, o pobrezinho. Até hoje não entendo como ainda tive que disputá-lo com outra garota. Primeira paixão, ai, ai (suspiro)!... mas que não durou nem mais uma noite depois do tal primeiro beijo: ele 'na lata' me disse que eu não sabia beijar!, mas... como assim, garoto horroroso? Tomara use óculos até hoje e ainda tenha ficado pra sempre com a garota esquisita.
Mas eu queria mesmo falar é sobre o que é quarentar e dar de cara com a novidade, do jeitinho exato que me falavam. Mal acreditei quando, dia seguinte aos meus 40, acordei e tudo já me pareceu nublado. Fiquei desconfiada e levei algum tempo pra elaborar tal informação visual...
Era o braço que precisava levar o livro para mais longe, a comida embaçada no prato, todos os dedinhos sangrando depois de fazer minhas unhas, os braços ficando curtos...opa! Aí tem!
Questão de dias e lá estava eu saindo da ótica toda prosa com os meus primeiros óculos de grau, vendo o mundo mais bonito e luminoso!!!!!!
Mas o que começou com alegria e alívio era apenas o início de uma dependência aflitiva. "Vista cansada"!_ sentenciou meu primeiro oftalmo. E com o tempo aquela vista cansada se tornou muito cansada, depois exausta, depois esgotada, até que entrou em estafa e nunca mais se recuperou sem a ajuda luxuosa da coleção de óculos que praticamente passou a fazer parte da decoração da minha casa. Era óculos pra perto, para um pouquinho mais longe, óculos para ver televisão, para usar na frente do computador, para ver vitrines, para ler rótulos e validades dos produtos no supermercado e até óculos para emprestar para amigas que já começavam a nublar mas que fingiam não entender a mensagem, saca? Armações vermelhas, douradas, tartaruga, azuis, óculos na sala, no banheiro, no carro, na bolsa, e tira óculos, e põe óculos, e óculos escorregando, óculos me enchendo o saquinho, e eu não fazendo mais nada com o nariz livre, e eu às vêzes no salto e toda toda mas... COM ELES! Socooooorro, quem merece!!!??
Voltei a enxergar cor-de-rosa quando soube que poderia usar lentes de contato! Uma nova estrada se abriu à minha frente e eu já quase não andava, flutuava! A vontade de me livrar DELES era tanta que minha adaptação foi zás-trás e bumba! Uma nova mulher a partir daquele dia, há exatos 11 mêses e 2 dias, como poderia eu esquecer?
Agora já posso caprichar na maquiagem e saber o que estou fazendo. Bem, é certo que usar lentes te exige atenção e coloca limites, mas quem liga pra isso? Já rasguei lente, já joguei lente fora sem querer, já dormi de lentes e fui encontrar uma delas debaixo da cama quando acordei , e comi o pão do diabo quando resolvi viajar de avião por muitas horas com elas. Fazer...? Ainda assim vale a pena e eu já não me imagino sem.
Portanto marido, amigas e primas que custam a assumir a nova condição e visão do mundo depois de quarentar: levem seus óculos consigo aonde forem. Esse negócio de pedir óculos emprestado é tão chato quanto pedir um trago do cigarro do outro, tá bom?
Pra mim tá ótimo assim!!!!!!
Me aguardem depois da coragem de experimentar as azuis, uis!!!
Mas eu queria mesmo falar é sobre o que é quarentar e dar de cara com a novidade, do jeitinho exato que me falavam. Mal acreditei quando, dia seguinte aos meus 40, acordei e tudo já me pareceu nublado. Fiquei desconfiada e levei algum tempo pra elaborar tal informação visual...
Era o braço que precisava levar o livro para mais longe, a comida embaçada no prato, todos os dedinhos sangrando depois de fazer minhas unhas, os braços ficando curtos...opa! Aí tem!
Questão de dias e lá estava eu saindo da ótica toda prosa com os meus primeiros óculos de grau, vendo o mundo mais bonito e luminoso!!!!!!
Mas o que começou com alegria e alívio era apenas o início de uma dependência aflitiva. "Vista cansada"!_ sentenciou meu primeiro oftalmo. E com o tempo aquela vista cansada se tornou muito cansada, depois exausta, depois esgotada, até que entrou em estafa e nunca mais se recuperou sem a ajuda luxuosa da coleção de óculos que praticamente passou a fazer parte da decoração da minha casa. Era óculos pra perto, para um pouquinho mais longe, óculos para ver televisão, para usar na frente do computador, para ver vitrines, para ler rótulos e validades dos produtos no supermercado e até óculos para emprestar para amigas que já começavam a nublar mas que fingiam não entender a mensagem, saca? Armações vermelhas, douradas, tartaruga, azuis, óculos na sala, no banheiro, no carro, na bolsa, e tira óculos, e põe óculos, e óculos escorregando, óculos me enchendo o saquinho, e eu não fazendo mais nada com o nariz livre, e eu às vêzes no salto e toda toda mas... COM ELES! Socooooorro, quem merece!!!??
Voltei a enxergar cor-de-rosa quando soube que poderia usar lentes de contato! Uma nova estrada se abriu à minha frente e eu já quase não andava, flutuava! A vontade de me livrar DELES era tanta que minha adaptação foi zás-trás e bumba! Uma nova mulher a partir daquele dia, há exatos 11 mêses e 2 dias, como poderia eu esquecer?
Agora já posso caprichar na maquiagem e saber o que estou fazendo. Bem, é certo que usar lentes te exige atenção e coloca limites, mas quem liga pra isso? Já rasguei lente, já joguei lente fora sem querer, já dormi de lentes e fui encontrar uma delas debaixo da cama quando acordei , e comi o pão do diabo quando resolvi viajar de avião por muitas horas com elas. Fazer...? Ainda assim vale a pena e eu já não me imagino sem.
Portanto marido, amigas e primas que custam a assumir a nova condição e visão do mundo depois de quarentar: levem seus óculos consigo aonde forem. Esse negócio de pedir óculos emprestado é tão chato quanto pedir um trago do cigarro do outro, tá bom?
Pra mim tá ótimo assim!!!!!!
Me aguardem depois da coragem de experimentar as azuis, uis!!!
domingo, 27 de março de 2011
Nisso você não pensou, mamãe!
Sempre me lembro de mamãe dizendo que havia escolhido o nome dos filhos de forma que eles não carregassem apelidos pela vida afora. Pessoalmente não tenho nada contra eles, mas ela pensava assim e pronto. Crescemos então, meus irmãos e eu, incólumes dos apelidinhos algumas vêzes desumanos, outras vêzes divertidos e muitas vêzes, vamos combinar, sem graça mesmo, tipo nada a ver. Enfim. Mas mamãe não podia prever que meu nome teria váriações múltiplas, variações essas estabelecidas sem a minha prévia anuência mas, de verdade? minha total simpatia. Eu gosto desse tipo de intimidade. Me sinto mais próxima das pessoas que me tratam assim, acho divertido, gostoso, carinhoso.
Carlinha é o mais óbvio e esperado e bem meiguinho, muito embora eu sempre tenha uma sentido uma estranheza interessante com ele, uma vez que nunca fui fisicamente pequenininha, meiguinha ou fragilzinha, mas vai entender. Cada um olha com olhos que tem sobre você. Me chamam assim algumas amigas, primas e assim me chamaram muitos namoradinhos e/ou pretendentes adolescentes. Ah, e também muitas pessoas na hora mesmo que me conhecem. Bonitinho, né?
Já Carlota, outra variação, tem mais peso e logo remete a uma figura de personalidade forte. Minhas cunhadas me chamam assim. Variável da variável, usam muito o Carlota Joaquina, o que me faz sentir uma rainha em Portugal, filha do rei da Espanha, tô sabendo que considerada uma mulher muito feia aquela época e de personalidade cruel, que contam ter agredido D. João 6º, seu marido, à dentadas em plena lua-de-mel (cacilda! terá sido por quê, hem? fiquei curiosa agora...) Bem, isso não e problema nosso e se ele não devolveu a dentada, já saiu perdendo força no início do casamento, coitado. Então, de Carlota Joaquina me chamam algumas outras várias pessoas e outro dia, imitando a mãe, até minha lindinha e muito amadinha sobrinhalhada (sobrinha/afilhada) tascou um Carlotaaaaaaa!!!!, chamando a minha atenção. A-DO-RO!!!!!
Carlíssima. Acho um luxo; minha amiga risonha, aquela da caipirinha, lembra?, me chama muito assim. Me sinto poderosa no úrtimo! !
Carleitcha foi inventado por uma minha cabelereira querida que já pendurou as chuteiras por aqui e picou a mula pra sua terra natal. Nos domínios do salão onde ela trabalhava acabaram todos por me chamar assim e existe também, derivada dessa variação,
o Carlitcha, igualmente simpático e por mim aprovado.
Já o Carlésima, que muita gente deve pensar tratar-se de um momento meu de superestima patológica, e que acabou sendo meu endereço no MSN, se deve ao problema encontrado na hora de me inscrever no hotmail: todas as variações foram tentadas e todas vetadas porque já existentes. Daí o Carlésima, sem nenhuma afetação, gentem.
Inusitada mesmo foi a forma encontrada por um primo de me chamar: Carolina! Mas...
Carolina? Por mais que eu pense não consigo encontrar razões, motivos ou explicação. Mas é de Carolina que ele me chama há muitos anos. Vai entender...
O fato é que Carlinha, Carlíssima, Carolina, Carleitcha, Carlota, Carlitcha, Carlota Joaquina e o que mais vier, sou eu, gentem. Todas essas aí. Está ótimo, adoro, recebo todas as formas como um grande abraço e muito carinho. E sabe o que mais? Todas essas formas
me fazem mesmo é sentir uma Carla diferente, especial, inesquecível..
Pode ser que vocês todos não tenham nem tenham tido tal intenção, mas dá licença?, agora já fui!
Carlinha é o mais óbvio e esperado e bem meiguinho, muito embora eu sempre tenha uma sentido uma estranheza interessante com ele, uma vez que nunca fui fisicamente pequenininha, meiguinha ou fragilzinha, mas vai entender. Cada um olha com olhos que tem sobre você. Me chamam assim algumas amigas, primas e assim me chamaram muitos namoradinhos e/ou pretendentes adolescentes. Ah, e também muitas pessoas na hora mesmo que me conhecem. Bonitinho, né?
Já Carlota, outra variação, tem mais peso e logo remete a uma figura de personalidade forte. Minhas cunhadas me chamam assim. Variável da variável, usam muito o Carlota Joaquina, o que me faz sentir uma rainha em Portugal, filha do rei da Espanha, tô sabendo que considerada uma mulher muito feia aquela época e de personalidade cruel, que contam ter agredido D. João 6º, seu marido, à dentadas em plena lua-de-mel (cacilda! terá sido por quê, hem? fiquei curiosa agora...) Bem, isso não e problema nosso e se ele não devolveu a dentada, já saiu perdendo força no início do casamento, coitado. Então, de Carlota Joaquina me chamam algumas outras várias pessoas e outro dia, imitando a mãe, até minha lindinha e muito amadinha sobrinhalhada (sobrinha/afilhada) tascou um Carlotaaaaaaa!!!!, chamando a minha atenção. A-DO-RO!!!!!
Carlíssima. Acho um luxo; minha amiga risonha, aquela da caipirinha, lembra?, me chama muito assim. Me sinto poderosa no úrtimo! !
Carleitcha foi inventado por uma minha cabelereira querida que já pendurou as chuteiras por aqui e picou a mula pra sua terra natal. Nos domínios do salão onde ela trabalhava acabaram todos por me chamar assim e existe também, derivada dessa variação,
o Carlitcha, igualmente simpático e por mim aprovado.
Já o Carlésima, que muita gente deve pensar tratar-se de um momento meu de superestima patológica, e que acabou sendo meu endereço no MSN, se deve ao problema encontrado na hora de me inscrever no hotmail: todas as variações foram tentadas e todas vetadas porque já existentes. Daí o Carlésima, sem nenhuma afetação, gentem.
Inusitada mesmo foi a forma encontrada por um primo de me chamar: Carolina! Mas...
Carolina? Por mais que eu pense não consigo encontrar razões, motivos ou explicação. Mas é de Carolina que ele me chama há muitos anos. Vai entender...
O fato é que Carlinha, Carlíssima, Carolina, Carleitcha, Carlota, Carlitcha, Carlota Joaquina e o que mais vier, sou eu, gentem. Todas essas aí. Está ótimo, adoro, recebo todas as formas como um grande abraço e muito carinho. E sabe o que mais? Todas essas formas
me fazem mesmo é sentir uma Carla diferente, especial, inesquecível..
Pode ser que vocês todos não tenham nem tenham tido tal intenção, mas dá licença?, agora já fui!
quarta-feira, 23 de março de 2011
Rir é o melhor remédio
Adoro dar risadas. Me dá um prazer imenso e a sensação de que ganhei o dia. Dizem que rejuvenesce; por fora não sei, mas por dentro devo estar uma jovenzinha sem muitas responsabilidades ainda. Só sei que a alma fica leve depois de um dia ou momento "gargalhante" (gentem, eu invento palavras sim).
Outro dia saí com uma amiga muito querida e risonha para almoçar. Já fomos pelo caminho até Ipanema fazendo piada com tudo e de nós mesmas, ela quase cinquentando. Um almoço e uma caipirinha depois, lá estávamos nós nos dobrando de rir, risadas múltiplas e soltas, do nada, por nada! Bem, na verdade, ela por causa da caipirinha, porque nunca bebe e nesse dia estava precisando relaxar. Eu de verdade ria das risadas dela, já contagiada e também, por que não dizer, ja também relaxada? Os garçons se entreolhavam e mostravam estar se divertindo também. Saímos dali de braços dados, felizes da vida e, quem sabe, com algumas rugas amenizadas!
Uma vantagem de cinquentar é que eu não preciso muito para dar risadas, nem de ninguém, pois rio e muito de mim mesma, das coisas que penso e que falo. Penso rápido demais, daí concatenar pensamento/fala anda sendo um problema, digo, uma diversão! Meu filho é meu parceiro nas risadas e eu já o aconselhei a anotar e arquivar minhas pérolas para um futuro livro que poderá se chamar "Minha mãe fala cada m....". Terá todo o meu apoio e material. E assim vou trocando informações e nomes, sem problema algum, juro, para o meu próprio deleite. Minha última pérola foi me referir ao ex-puxador da Beija Flor como Beijinho da Nega Flor. Nossa, nesse momento acho que quase perdi todas as minhas rugas!
E pra quem já está pensando tolice, não, não, nada a ver com o alemão. Não dou bola pra esse chucrute e garanto (ai, será que sim?) que ele ainda não me ronda (toc toc toc na dúvida...).
Aposto mais num mecanismo de defesa criado inconscientemente por mim mesma para que a vida seja mais divertida. Eu acredito no que eu quiser. Fala sério, tem coisa mais chata do que seriedade demais?
![]() |
| O meu "Beijinho da Nega Flor" |
terça-feira, 22 de março de 2011
Não adianta correr
Meninas,
mais cedo ou mais tarde, cinquentamos! Não dá pra fugir, correr ou evitar, mas dá pra levar numa boa, principalmente com muito bom humor e aquele botão, sabe qual? (f_ _ _ _-se) ligado de vez em quando. Olha, tem dias que eu realmente entro mal. O espelho me agride e a cabeça também, em vez de ajudar, parece colaborar pra me arruinar de vez. Sabe o que fazer? Esperar passar, porque VAI PASSAR, com certeza. Caso isso demore algumas horas a mais (ou dias, tomara que nunca), enfie-se num cinema porque a vida dos outros sempre vai parecer mais interessante nesses momentos, principalmente a vida fictícia, apesar de se parecer muito com a real.
Esconder os cinquenta não leva à nada, a não ser à possibilidade de que te achem mais velha do que você vai dizer que é, e daí acho que a depresssão nem vai te esperar respirar uma segunda vez. Melhor encarar. De frente. De perfil. Sei lá, na posição que você acha que te favorece mais, a gente sempre tem uma, vai!
Eu já passei três dos cinquenta, ou seja, já cinquento há um tempinho. Tem vantagens, tem desvantagens. Melhor nos focarmos nas vantagens SEMPRE. Ah, a tal sabedoria que vem com a idade... olha, juro, juro, pareço estar sabendo cada dia menos, viu?, está tudo acontecendo muito rápido ultimamente, inclusive, ó ceús, a passagem dos anos!!!! Ah, e nada desse negócio de taxar de terceira idade ou melhor idade, ô coisa de-sa-gra-dá-vel (se bem que acho que isso é pra depois dos sessenta e vai ser assunto pra outro blog, o Sessentando).
Cinquentar acho que é estar na boa idade. Ter independência, coragem pra falar, pra assumir, pra não gostar, pra dizer não, pra dizer SIM, SIM!!!!!, pra não ir, pra voltar quando quiser, pra querer ficar, pra sair se não estiver bom, pra dizer eu posso mas não quero, que luxo isso!!!!! Pensa bem, antes disso a gente vive cheia de dedos com tudo e com todos. Cinquentar melhora muito essa coisa, nos dá muita liberdade, olha uma vantagem aí!
Das desvantagens talvez eu fale outro dia. Agora cansei.
mais cedo ou mais tarde, cinquentamos! Não dá pra fugir, correr ou evitar, mas dá pra levar numa boa, principalmente com muito bom humor e aquele botão, sabe qual? (f_ _ _ _-se) ligado de vez em quando. Olha, tem dias que eu realmente entro mal. O espelho me agride e a cabeça também, em vez de ajudar, parece colaborar pra me arruinar de vez. Sabe o que fazer? Esperar passar, porque VAI PASSAR, com certeza. Caso isso demore algumas horas a mais (ou dias, tomara que nunca), enfie-se num cinema porque a vida dos outros sempre vai parecer mais interessante nesses momentos, principalmente a vida fictícia, apesar de se parecer muito com a real.
Esconder os cinquenta não leva à nada, a não ser à possibilidade de que te achem mais velha do que você vai dizer que é, e daí acho que a depresssão nem vai te esperar respirar uma segunda vez. Melhor encarar. De frente. De perfil. Sei lá, na posição que você acha que te favorece mais, a gente sempre tem uma, vai!
Eu já passei três dos cinquenta, ou seja, já cinquento há um tempinho. Tem vantagens, tem desvantagens. Melhor nos focarmos nas vantagens SEMPRE. Ah, a tal sabedoria que vem com a idade... olha, juro, juro, pareço estar sabendo cada dia menos, viu?, está tudo acontecendo muito rápido ultimamente, inclusive, ó ceús, a passagem dos anos!!!! Ah, e nada desse negócio de taxar de terceira idade ou melhor idade, ô coisa de-sa-gra-dá-vel (se bem que acho que isso é pra depois dos sessenta e vai ser assunto pra outro blog, o Sessentando).
Cinquentar acho que é estar na boa idade. Ter independência, coragem pra falar, pra assumir, pra não gostar, pra dizer não, pra dizer SIM, SIM!!!!!, pra não ir, pra voltar quando quiser, pra querer ficar, pra sair se não estiver bom, pra dizer eu posso mas não quero, que luxo isso!!!!! Pensa bem, antes disso a gente vive cheia de dedos com tudo e com todos. Cinquentar melhora muito essa coisa, nos dá muita liberdade, olha uma vantagem aí!
Das desvantagens talvez eu fale outro dia. Agora cansei.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Pois é, acabei chegando até aqui: aos cinquenta e à internet. Não é segredo pra ninguém que adoooooro falar e escrever idem, então resolvi/emos (eu meu filhote) que deveria pôr pra fora e pra quem quiser ler, o que me vai à cabeça, e olha que que é um terreno que anda, vou confessar, uma loucura!!!! Quer saber? Tá bom assim...
Só pra situação geral, uma rápida apresentação: casada, dois filhos homens adolescentes (portanto carentésima de uma saia e um batonzinho pra me acompanhar), formada em Psicologia mas aplicada na vida (será que funcionou?), trabalhos fora, trabalhos dentro, maternidade exercida em tempo integral, cuidados com a casa, essas coisas todas. Faz um tempinho de volta ao reduto residencial e mais do que nunca à procura de uma forma de fazer um dindin pra ajudar no orçamento. Tenho mais um monte de coisas pra falar de mim, mas isso vocês vão descobrir aos pouquinhos, não vou entregar o ouro todo de uma vez (ai que mocinha valiooooooosa....). Vou adorar trocar figurinhas com vocês!
Só pra situação geral, uma rápida apresentação: casada, dois filhos homens adolescentes (portanto carentésima de uma saia e um batonzinho pra me acompanhar), formada em Psicologia mas aplicada na vida (será que funcionou?), trabalhos fora, trabalhos dentro, maternidade exercida em tempo integral, cuidados com a casa, essas coisas todas. Faz um tempinho de volta ao reduto residencial e mais do que nunca à procura de uma forma de fazer um dindin pra ajudar no orçamento. Tenho mais um monte de coisas pra falar de mim, mas isso vocês vão descobrir aos pouquinhos, não vou entregar o ouro todo de uma vez (ai que mocinha valiooooooosa....). Vou adorar trocar figurinhas com vocês!
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